O ano letivo de 2019 em Búzios, teve início nesta segunda-feira (11) em toda a rede,porém algumas turmas, em determinadas unidades, ainda não estão funcionando dentro do horário normal.
Segundo professores, alunos e funcionários, as escolas mais atingidas são a Escola Municipal Paulo Freire, no Centro, Escola Municipal Cilea M Barreto e a Escola Municipal João José de Carvalho, ambas no Cruzeiro, além da Escola Municipal Professora Eliete Mureb, em José Gonçalves e o INEFI, no bairro Rasa. As escolas estariam funcionando em turnos reduzidos pela falta de professores e merendeiras.
O Prensa entrevistou professores e pais de alunos que preferiram não se identificar por medo de retaliação. “Realizaram a convocação e os profissionais têm, em média, 120 dias para se apresentar, entre exames admissionais, recursos e posse. O turno da tarde é o mais prejudicado” contou uma professora.
“As turmas de Educação Infantil da escola Eliete Mureb, em José Gonçalves, serão dispensadas nesta sexta-feira (15) no turno da manhã e provavelmente à tarde também” contou uma das fontes entrevistadas. A situação no INEFI, no bairro Rasa, é ainda pior, pois segundo os professores, no turno da noite a instituição conta até o momento com apenas três profissionais dando aula. Márcio Gomes, pai de Gabriela, aluna do INEFI, conta que sua filha não está tendo aulas todos os dias: “Temo que a situação se estenda por mais tempo” conta.
No Colégio Municipal Paulo Freire, a situação é parecida, com muitas turmas tendo horários vagos, principalmente à noite: “Eles chamaram os professores do concurso agora. Eles prestaram o processo seletivo e a maioria ainda nem foi chamada. As turmas estão tendo horários livres, muitas turmas vazias à tarde enquanto, no turno da noite, há alunos aguardando vaga” contou uma professora da escola.
Marcos Santos da Silva, pai de aluno do Paulo Freire, conta que visitou a escola na terça-feira (13) e percebeu também a falta de merendeiras trabalhando: “ Tinha apenas uma merendeira na função, é muito trabalho para uma só profissional de alimentação escolar. Ontem a refeição foi arroz, feijão, ovo cozido e abobrinha refogada. Como preparar algo, de melhor valor nutricional, com apenas uma cozinheira? “ questionou.
Em nota enviada ao Prensa, a Prefeitura de Búzios explicou que as escolas municipais não estão trabalhando com horário reduzido, o problema ocorre porque o quadro de professores de algumas unidades escolares se encontra incompleto, devido às desistências dos profissionais que assumiram concurso ou contrato em outros municípios vizinhos.
Ainda segundo a nota, foi realizada uma convocação para prova aula entre os candidatos que estavam na listagem de espera do processo seletivo, para suprir a carência nas escolas.