Campanha internacional enfatiza a conscientização da prevenção e tratamento contra o câncer de mama e colo do útero
Nesta quinta-feira (1), começa campanha internacional Outubro Rosa. Por todo o mundo, ONGs, médicos, coletivos femininos e outros órgãos promovem informação e ações para conscientizar sobre a importância da prevenção do câncer de mama e colo do útero.
A campanha foi criada no início da década de 1990, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. É celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Já o câncer no colo do útero é causado por infecções não tratadas, a maior parte provocada por alguns tipos de Papilomavírus Humano – HPV. Estima-se que existam mais de 200 tipos de HPV.
Há vários tipos de câncer de mama, alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
PREVENÇÃO
De acordo com o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como: praticar atividade física; alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado; evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar. É recomendado se evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.
Quanto mais cedo for a descoberta, maior é a chance de tratamento, por isso, é importante que cada mulher faça o exame de toque individual, para identificar qualquer caroço ou nódulo não comum nos seios. Também é recomendado que mulheres entre entre 50 e 69 anos façam o exame da mamografia de rastreamento a cada dois anos. Este procedimento deve ser realizado mesmo quando não há sinais nem sintomas suspeitos.
Já no caso do HPV, a doença é caracterizada por ser sexualmente transmissível, ou seja, o uso de preservativos colabora para a prevenção, mas protege apenas parcialmente, porque a transmissão também acontece pelo contato pele a pele de vulva, períneo e bolsa escrotal.
A prevenção também conta com a vacina, que protege contra os tipos 6 e 11, que causam verrugas genitais, e os 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, por isso, é chamada de quadrivalente ou tetravalente.
Existe tratamento para as doenças, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).