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Junto com algumas amigas, criamos um projeto de fotografia, de mulheres com pelos naturais e para que pudéssemos começar o projeto, deixamos os nossos pelos, axilas, virilha, perna, sobrancelhas.

Para nós não gerava incomodo, era uma nova descoberta sobre o meu próprio corpo. Desde o Egito antigo temos registro de cremes e métodos para a retirada de pelos, com o passar do tempo, a cobrança sobre isso para mulheres, principalmente com a revolução das roupas, onde mulheres mostravam axilas, pernas, tornou a depilação quase como algo compulsório.

A gente nem pensa o porquê de fazer aquilo, apenas faz. Como se fosse uma ordem maior, dependeria daquilo para ser bonita e muitas vezes uma coisa não depende da outra.

O “não raspe, pinte” foi criado na intenção de que mulheres conversem e entendam que elas podem escolher, entre depilar ou não. Se outra escolhe ter os pelos azuis, outra pode preferir o suvaco nu, ou rosa, depende exclusivamente da vontade da mulher.

Quando levantamentos esse assunto, corremos o risco de sermos chamadas de porcas, não higiênicas e extremistas, como provamos com nossa própria experiência, é grande, mas te dá motivos para tornar os questionamentos muito mais válidos, se não é no seu corpo, qual o direito que se tem de opinar no corpo do outro?

Nenhum, mas estamos longe desse entendimento.

Junto com os pelos, vem a insegurança de estar de regata em público, de levantar o braço. Você começa a evitar abraços, a ter movimentos menores, é um comportamento involuntário, fazemos sem perceber, na intenção que não percebam em nós.

Existe a insegurança nos relacionamentos amorosos/sexuais. Como que alguém que diz amar você, insiste que só sente desejo por vaginas depiladas? E são inseguranças que muitas vezes vencem a gente, me venceu uma vez e agora eu não deixaria vencer de novo, mas é cansativo.

Existe a insegurança da imagem para outras mulheres, eu não queria que outras mulheres colocassem a prova o meu feminismo, afinal eu não estava dizendo que aquilo era o certo, só estava dizendo que você pode fazer se for certo pra você.

São brigas grandes, na maioria das vezes com você mesmo. Pra mim a experiência valeu a pena, valeu toda a argumentação para vencer inseguranças e críticas.

Os pelos, os seios, as dobrinhas da barriga, as marquinhas na perna, tem me feito muito bem, talvez redescobrir o bonito seja descobrir-se de tudo dito como bonito antes.

 

*Talytha Selezia é artista de Cabo Frio

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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