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Há vários Web sites que alinham as economias de quaisquer dois países lado a lado, e eu, recentemente, passei uma hora comparando as economias do Brasil e da Rússia. Em 2016, o Brasil era a nona maior economia do mundo. (Tínhamos estado na sétima colocação, e fomos escalados para ultrapassar o Reino Unido e a França logo logo, para subir a quinta colocação. Mas aí veio a recessão e todas as nossas outras mazelas e, ao invés de ascender no ranking, como previsto, caímos.) A Rússia, em 2016, estava na 11a colocação.  Nesse ano, 2016, Brasil tinha um PIB equivalente a US$1.798 trilhões. Rússia tinha um PIB equivalente a US$1.280 trilhões. Parece-me um pouco difícil acreditar, porque sempre tinha a impressão que os russos eram um povo altamente alfabetizado e viciado em literatura e leitura, mas, conforme os números que encontrei, o Brasil gasta US$731 per capita em educação. Rússia gasta US$102 a menos. (Mas o que significam estas estatísticas? São os investimentos dos dois governos centrais que estão sendo comparados? Ou os investimentos em todos os níveis? Difícil saber.) Parece que o Brasil gasta mais do que a Rússia per capita em saúde também, mas, mais uma vez, é difícil ter confiança nos números; o menor dos problemas é que os números disponíveis refletem anos diversos.

 

No Índice de Estados Frágeis, antigamente o Índice dos Estados Falidos, de um instituto americano chamado Fund for Peace, o Brasil tem pontuação de 62,6; Rússia, de 80. Pelo sistema de pontuação usado, os números menores refletem mais estabilidade; os números maiores, menos estabilidade. Aí, vantagem nossa! Mas nem tudo é, para nós, um mar de rosas, nem falando só comparativamente. No Índice Global de Competitividade, a Rússia ocupa a 45a colocação, o Brasil a 75a. No Índice Global de Inovação, a Rússia ocupa a 43a colocação; o Brasil, a 69a. No Índice de Capital Humano, a Rússia ocupa a 26a colocação; Brasil, a 78a. Nesses últimos três índices, vergonha nossa.

 

TP4No quesito defesa, ou seja, armas, a Rússia gastou US$66,419 bilhões, ou $463 por habitante, em 2015. O Brasil gastou US$24.580 bilhões, ou US$120 por habitante. Vergonha nossa? Ou vergonha deles? Eu diria, deles. Mas decidam vocês. Comparando os dois países no quesito política, o Brasil é mais ou menos uma democracia, e isso propicia algumas vantagens, assim como algumas desvantagens, que a Rússia não tem. A Rússia tende à autocracia, e isso também propicia algumas vantagens, assim como algumas desvantagens, que o Brasil não tem.

 

Fiz a comparação entre o Brasil e a Rússia, porque, apesar de morar em Búzios há 15 anos, os EUA são meu país de origem, e, lendo a imprensa americana todos os dias, tenho a impressão que poucas pessoas estão perdendo sono lá por causa de qualquer agressão brasileira ou qualquer interferência brasileira nos processos democráticas da nossa grande república jeffersoniana. Em 2008, a cervejaria Budweiser, fabricante da mais popular cerveja nos EUA, foi comprada por um grupo liderado por brasileiros, mas nem isso causou a menor turbulência. Tenho a forte impressão, porém, que, uma grande parte da população americana vem tresvariando nos últimos seis ou sete meses por causa de uma suposta interferência russa em vários aspectos, se não todos os aspetos, da sua vida pública. Trump, o presidente, na visão dos seus inimigos, principalmente os democratas, é praticamente um agente duplo. E pode esquecer o “quase”, se quiser. Entre 1996 e 2015, Trump era dono da competição internacional – ou seria intergaláctica? – Miss Universo, e, numa das acusações mais sensacionais, era a de estar sendo chantageado pelos russos, que, durante a competição, em Moscou, em 2013, o filmaram clandestinamente durante uma festa devassa com prostitutas na sua suíte no Hotel Ritz-Carlton.

 

Semana passada, quinta-feira, 29/6, li uma manchete no The New York Times: “Firma do ex-chefe da campanha de Trump recebeu US$17 milhões de um partido pro-Rússia.” O artigo versa sobre Paul Manafort, tipo de Duda Mendonça/João Santana estilo norte-americano, que prestava serviços para o Partido das Regiões do ex-presidente da Ucrânia Viktor F. Yanukovych – sem informar as autoridades norte-americanas da forma que a lei americana exige. Yanukovych era visto como protegido, se não fantoche, do Presidente Vladimir Putin da Rússia e, enquanto o regime dele desmoronava, fugiu para a Rússia, onde ainda mora.

 

Michael Flynn, um general do exército aposentado com longo histórico nos serviços de informações clandestinos dos EUA, foi nomeado por Trump para o cargo importante e sensível de assessor de segurança nacional. Serviu por 24 dias e aí renunciou em decorrência de suas afirmações enganosas a respeito dos seus contatos com o embaixador russo. Jeff Sessions, o Attorney General – algo como Ministro da Justiça, algo como procurador da república, na mesma pessoa – escapou à renúncia, mas ele também não divulgou contatos com o embaixador russo, os democratas pediram sua renúncia, e ele tinha de se ausentar de algumas investigações tendo a ver com a conexão entre a administração Trump e a russa.

 

Ivanka Trump, filha e assessora do presidente, e o marido dela, Jared Kushner, ele também assessor do presidente, vivem sob uma nuvem de suspeitas por suas conexões com empresários e funcionários russos, e ninguém sabe ao certo quais os interesses comerciais – ou outros – do próprio Donaldinho na Rússia.

 

Disse Trump: " Putin, Putin, se eu fosse como tu. Tirava a mão da bomba e colocava ela no c*." ( Marknão tem nada a ver com e essa legenda infame. Culpa do editor tentando ser engraçado como Marcelo Lartigue de O Perú Molhado.
Disse Trump: ” Putin, Putin, se eu fosse como tu. Tirava a mão da bomba e colocava ela no c*.” (Mark não tem nada a ver com e essa legenda infame. Culpa do editor tentando ser engraçado como Marcelo Lartigue de O Perú Molhado.

Parece evidente que Trump inveja o autoritarismo de Putin, ou seja, a sua grande liberdade de ação sem todos esses impedimentos institucionais e legais típicos de democracias. Fala de Putin com admiração, e carinhosamente. No mesmo tempo, as relações dele com Angela Merkel da Alemanha, com Theresa May do Reino Unido e com Emmanuel Macron da França são, em geral, tensas, desconfortáveis, frias.

 

Além do mais, muitas pessoas nos EUA acham que, se não houvesse interferência russa nas eleições do mês de novembro passado, a Hillary teria ganho, Trump teria perdido, o mundo, claro, estaria mais enfadonho e aborrecido do que agora mas, em contrapartida, mais seguro, e as pessoas mais vulneráveis nos EUA não estariam a ponto de perder o seu acesso a cuidados de saúde.

 

Peço perdão, mas, no que segue, vocês provavelmente vão aprender mais sobre a minha mentalidade perversa do que sobre os detalhes da influência russa – ou a ausência de influência russa – em assuntos públicos americanos. A Rússia de agora não é mais a União Soviética da minha juventude. É um estado – semelhante em muitos aspetos ao Brasil e igualmente aos EUA – onde os poderosos extraem e extorquem o máximo que podem e os demais ficam com suas cestas básicas, ou equivalente. Seria um absurdo lamentar todas as incoerências e todas as injustiças que testemunhamos aqui no Brasil e também nos EUA e acharmos a Rússia um estado exemplar. Mas não consigo me esquecer de como, na minha longínqua juventude na década de 50, talvez como resultado de um idealismo tipicamente adolescente, talvez simplesmente por rebeldia, eu era fã da Revolução russa (à medida que a entendi). Gostava da idéia do comunismo; essa idéia do comunismo tinha charme. Talvez depois de um desentendimento com um ou ambos dos meus pais, eu brincava, sabe-se lá, duas ou três vezes, com a idéia de migrar para a sem dúvida gloriosa União Soviética. (Nessa época, claro, eu ainda não tinha descoberto o Brasil. Estranhas, as escolhas que a vida apresenta).

 

Contraditório, talvez, se entusiasmar pela Revolução russa e também pela sociedade, supostamente decadente e cruel, que a revolução derrubou, mas gostava também, nesse período iniciatório da minha vida, do idealismo e do fanatismo das personagens que encontrava em Tolstoi e Dostoievski e igualmente da futilidade das personagens que encontrei em Tchecov. E tudo foi complicado, nessa década de 50, pela russofobia quase universal nos EUA. Nos anos de 50, até a esquerda não-comunista foi obrigada a manifestar seu horror à União Soviética e ao comunismo em cada fala, constantemente. “Eu não sou comunista, mas. . . ” Coisa ritualística. Os conservadores, entretanto, pessoas tacanhas e rígidas como o Senador Joseph McCarthy, o Diretor do FBI J. Edgar Hoover, e o então vice-presidente Richard Nixon viviam num estado de histeria e exaltação perpétua. Para eles, quase todo mundo no Departamento do Estado, por exemplo, era comunista e agindo nos interesses da União Soviética – todos esses privilegiados moles saídos das melhores universidades. (Em geral, os conservadores não tinham saído das melhores universidades. Era um time mal vestido, com má aparência, que suava em excesso – desculpem, ou não, o preconceito.) Não sei quem primeiro avisou do perigo de “reds under the bed”, ou vermelhos – comunistas – sob a cama, e não encontro a resposta na Internet. Mas rimava mais ou menos. E, por incrível que pareça, a expressão foi invocada com tanta freqüência que muitas crianças, suscetíveis a todo tipo de susto, davam uma conferida por baixo das suas camas antes de deitar, de noite – como a criançada brasileira procurava o Bicho Papão?

Não faz muito sentido tentar determinar agora qual dos dois era o regime mais brutal – o de Hitler ou o de Stalin. Cada um dos dois foi responsável pela morte de dezenas de milhões de pessoas e por sofrimentos sem fim. Quando a União Soviética se desmanchou, concordei, não obstante, com o francês que disse que era melhor, moralmente falando, ter estado enganado pela União Soviética do que o contrário.  Ou seja, era melhor se enganar por idealismo do que acertar por cinismo e tacanhice. É estranho e sem dúvida indesculpável, mas quaisquer que sejam os ardis aplicados pela Rússia na Ucrânia, qualquer que seja seu apoio ao açougueiro Bashar al-Assad na Síria, qualquer que seja sua intromissão nas eleições nos EUA e na França e alhures, eu ainda não consigo me render a essa russofobia que surge nos EUA a intervalos regulares. Deve ser um resquício da minha adolescência amotinada. E não disse que vocês aprenderiam mais sobre a minha mentalidade perversa do que sobre os delitos russos?

 

E no fim os cupins...
E no fim os cupins ainda não levaram o rosto severo de Lenin 

Estive lá uma vez. Na década de 80. Em Leningrado, agora São Petersburgo (mas para mim sempre Leningrado da mesma forma que o MetLife Building em Nova York sempre será para mim o PanAm Building e o Aéroporto Tom Jobim aqui no Rio sempre será simplesmente Galeão – nesse sentido, sou muito conservador) e Moscou. Não posso dizer que adorei. Não falei e não entendi a língua. Não tinha contato com o povo. Era inverno. Tudo estava cinzento. As pessoas não me pareciam muito alegres; pelo contrário, pareciam-me espezinhadas, oprimidas. E, dada a feiúra dos conjuntos residenciais que vi em todo horizonte, não podia imaginar que a situação melhoraria muito mesmo sob céus azuis. Mas comprei um monte de livros de arte – talvez 40 ou 50 – a preços irrisórios numa livraria estadual. Não me lembro mais dos nomes dos pintores, mas o estilo era, em grande parte, realismo socialista. Levei esses livros primeiro para Nova York, onde morava na época, e depois os arrastei para o Brasil, onde, aqui em casa em Búzios, os cupins os encontraram e consumiram. Engraçado, não? Longa viagem para um fim tão ignominioso. E acho que se poderiam encontrar ironias ainda mais ricas do que as na superfície.

 

Comentário do editor: "Relógios incríveis. O vermelho é muito maneiro".
Comentário do editor: “Relógios incríveis. O vermelho é muito maneiro”.

Algumas lembranças dessa viagem sobrevivem de certa forma. Vejam a foto ao lado. No Parque Izmailovski em Moscou, um ambulante me vendeu 15 ou 20 relógios a US$10 cada, e pouco me importava descobrir mais tarde que os mesmos relógios estavam sendo vendidos no meu próprio hotel a um preço menor. Observem que alguns tinham características especiais – uma imagem de Iuri Gagarin, o primeiro homem no espaço numa janela redonda (um santuário? uma capela?) na pulseira; uma peça rotatória (sei lá como se chama nem em português nem mesmo em inglês) para se saber a hora não somente onde se está mas em qualquer um de 23 outros fusos horários, o de Brasília inclusive. Levei os relógios para Nova York também. Distribui a maior parte entre família e amigos. Fiquei com cinco e os usei por alguns meses mas, um por um, todos – questão da tecnologia russa? – pararam de funcionar. Absurdo, sem dúvida, trazer relógios que não funcionam de Nova York para o Brasil, mas, quando nos mudamos, trouxe os relógios assim como os livros de arte comestíveis, e às vezes peço a um relojoeiro em Copacabana ou na Saara para tentar consertá-los ou pelo menos um, mas ninguém consegue. A caixinha com a imagem de Lenin na tampa – onde guardamos os nossos clips – fica permanentemente ao lado do computador onde estou escrevendo. Quanto às camisetas celebrando o KGB, sei que deveria jogá-las fora ou queimá-las. Com certeza, não usaria uma camiseta celebrando a Gestapo. Tipo de contradição que não consigo resolver. Pelo menos, não uso fora de casa.

 

Faz tempo que não leio os grandes clássicos russos, mas Barbara e eu descobrimos recentemente um monte de filmes russos na Internet. Sorry, legenda não em português, só em inglês. Nos filmes feitos ou ambientados no período soviético, as pessoas, sim, moram tipicamente em apartamentos coletivos. Dez ou até 20 pessoas, sem parentesco, dividindo um banheiro e uma cozinha. Nos filmes ambientados no presente, não vejo grande diferença entre o estilo de vida lá e o estilo de vida na Barra da Tijuca ou, para além do mais, em Miami. Fogões e geladeiras de primeira.

*****

Vamos voltar ao imbróglio atual entre os EUA e a Rússia.

 

Para mim, a grande ironia do momento é que, desta vez, não são os conservadores que estão enraivecidos contra a Rússia, como de praxe; são as pessoas do centro-esquerda que estão enraivecidos contra a Rússia. A Hillary perdeu. O monstro venceu. Tudo que dá errado nos EUA deve ser a culpa dos russos?

 

Eu também abomino o Trump. Mas eu poderia elaborar pelo menos uma meia dúzia de motivos pela situação desastrosa nos EUA mais graves do que qualquer intromissão russa. Primeiro, os EUA não são uma democracia pura em que cada voto é igual. É uma república representativa em que alguns participantes pesam mais do que outros e a constituição tem um viés conservador pronunciado. O Colégio Eleitoral que deu a eleição a Trump apesar de a Hillary ter tido quase 3 milhões de votos populares a mais é um exemplo emblemático. Segundo, os republicanos num grande número de legislaturas estaduais remanejam os distritos eleitorais de uma forma para dar ainda mais vantagens aos conservadores e aos malucos. Fazem isso constantemente. Os democratas não conseguem parar o processo. A tática, nos EUA, se chama gerrymandering. Terceiro, num país onde o voto não é obrigatório, os republicanos descobrem cada vez mais táticas para suprimir o voto das pessoas que os opõem. Para uma pessoa pobre votar, os impedimentos, em muitos distritos, são enormes. Quarto, os EUA não tem “caixa dois” na mesma forma que o Brasil tem “caixa dois”, mas os americanos super-prósperos e as corporações têm grande liberdade de usar suas riquezas para apoiar os seus candidatos preferidos. Quem gastaria milhões de dólares para apoiar um candidato sem acreditar que votos podem ser, em efeito, comprados? Quinto, uma grande porcentagem dos eleitores não presta muito atenção, é mal informada, não entende nem os seus próprios interesses; além disso, muitos eleitores ainda estão suscetíveis a apelos racistas, anti-imigrantes, e anti-o mundo fora das fronteiras americanas. Sexta, a Hillary era uma candidata bem imperfeita.

 

Outra coisa é que, nesta época em que tudo está sendo chamado de notícias falsas, até os veículos mais conceituados nos EUA estão divulgando bobagens sobre a interferência da Rússia em assuntos americanos. No mês de dezembro, por exemplo, O The Washinton Post noticiou que russos tinham hackeado a malha elétrica dos EUA através de uma empresa no estado do Vermont e assim, presumivelmente, ameaçaram a transmissão de energia. A fonte do The Washington Post era anônima. Inicialmente, o jornal nem verificou a alegação com a empresa no Vermont. A história era falsa. Alguns dias atrás, três jornalistas conceituados da rede CNN se demitiram depois de irradiar uma reportagem que conectou um aliado de Trump com um fundo de investimentos russo sob investigação congressional. Sem provas. E não somente os jornalistas se demitiram, CNN pediu desculpas.

 

Nós não poderíamos combater Trump sem, a cada minuto, culpar os pobres russos? Só para variar, a gente não poderia, de vez em quando, culpar os argentinos? Ou os brasileiros? Ou os paraguaios?

Leia mais artigos de Mark Zussman.

Mark é jornalista, é americano, mora em Búzios ( o que quer dizer que escolheu viver no Brasil entre argentinos?).
Mark é jornalista, é americano, mora em Búzios ( o que quer dizer que escolheu viver no Brasil entre argentinos?).

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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