A ação, segundo a Prefeitura de Búzios teve a participação de agentes da Fiscalização de Posturas, Guarda Municipal e Polícia Militar. Nenhum local foi interditado.
Operação realizada pela Prefeitura de Búzios na madrugada deste domingo (13), fiscalizou estabelecimentos em descumprimento ao decreto número 1.574 publicado em Boletim Oficial de quinta-feira (11). Segundo publicação em rede social da Prefeitura de Búzios, participaram da operação a Fiscalização de Posturas, Guarda Municipal e Polícia Militar. Nenhum estabelecimento foi interditado.
Agentes da Fiscalização de Posturas percorreram estabelecimentos nos bairros de Geribá, Brava e Centro, ainda sexta-feira (12) e notificou entre outros locais que anunciaram atividades durante o Carnaval, como Fishbone, Silk, Privilège, Zapata e Club 151, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas em decreto.
Ainda na madrugada deste domingo (13), a Prefeitura deslocou agentes em uma operação batizada de ‘Stop the Party’. Na ocasião foram notificados cerca de dez estabelecimentos que estariam descumprindo o decreto e promovendo aglomerações.
Proprietário do Silk Beach Club, Jean Manicini conversou com a Prensa nas primeiras horas da manhã e disse que a operação esteve no local com forte aparato de agentes, em horário de saída, próximo ao fechamento da casa.
“As duas vezes em que estiveram na casa, no sábado, eles visitaram as dependências verificando que estávamos cumprindo as determinações municipais. Retornaram no domingo, próximo às 19h, quando a casa estava encerrando as atividades. Nesse horário, com fechamento de comandas e saída do público, sempre ocorre algum ajuntamento de pessoas. Mas foi pontual”, contou.
O clube de praia funciona normalmente, segundo Jean, adequado às normas previstas em decreto.
Otávio Fagundes, proprietário do Grupo Privilège Brasil, comentou que a fiscalização não encontrou nenhuma irregularidade no local e a casa funciona normalmente. E ainda, que opera com capacidade total de até duzentas pessoas sentadas no espaço, que anteriormente, quando utilizado como boate, acolhia até duas mil pessoas em pé.
“Estamos operando com serviço de mesas, adequados às normas vigentes. Já são dez meses fechados. Essas adequações têm mantido as contas em dia e garantido a manutenção do nosso staff, grande parte, moradores de Búzios, durante a pandemia. Acredito que a fiscalização deve permanecer, principalmente em locais onde não há quem responda, sem alvarás e de forma clandestina”, explicou.
A Guarda Municipal de Búzios, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a operação atuou em diversos locais onde houvesse algum tipo de descumprimento dos decretos e que nove agentes participaram da ação. A expectativa, ainda segundo a nota, é de que haja novas operações, mas que a decisão final é da Secretaria, através da Fiscalização de Posturas
A Prensa tentou contato com a Prefeitura de Búzios e com a Polícia Militar, questionando detalhes sobre a operação e se algum desses estabelecimentos teria sido multado, no entanto, até o fechamento desta reportagem não obteve resposta.
OUTROS DESCUMPRIMENTOS
A Prensa acompanhou o desdobramento de uma festa country ocorrida no dia 30 de janeiro, no bairro Baía Formosa. O evento, que em fotos e vídeos, revelou grande aglomeração e descumprimentos de decretos e autuação de agentes de fiscalização, não teve fiscalização da Prefeitura e os organizadores não foram autuados. O questionamento, que grande parte da população e de parte do empresariado formal faz, é o motivo pelo qual eventos como esse, não recebem o mesmo rigor e aparato de operação, quanto os estabelecimentos que tem alvará e são legalizados.