O post que tratava da saúde mental em razão de crime de homofobia recebeu diversos comentários agressivos
Ataques homofóbico e violentos em uma postagem em rede social da ONG ‘Ostras G Diversidade’, que atua na cidade de Rio das Ostras, gerou revolta. O vídeo, que mostra dois homens sendo açoitados em público na Indonésia, por serem gays, vem acompanhado de um texto explicando os gatilhos que esse tipo de publicação causa. Entre os comentários, piadas e ameaças. O caso foi denunciado ao Ministério Público e a DECRADI/RJ (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) como crimes virtuais e crimes de LGBTQIfobia.
O presidente da ONG, que atua pelos direitos humanos, cultura, inclusão social e cidadania LGBTQIA+ no município, Jhonatan Oliveira, explica que Rio das Ostras é uma das cidades menos atuantes em relação a casos de homofobia, segundo ele, sem nenhuma política pública de enfrentamento à esse tipo de violência nos últimos três anos. Casos como esse vem aumentando de forma crítica no município.
“Essa cidade não combina com tamanhos retrocessos e minha diversidade não está sozinha jamais, eu estou aqui e vou continuar. Rio das Ostras não vai retroceder. Tenho certeza que o poder público municipal vai dar uma resposta a essa triste realidade. Nesse momento devemos ser maduros e estamos todos na luta. Não tenho medo, estou acostumado a dar tapa na cara de leão para defender minha Diversidade”, comentou.
O que diz a Prefeitura de Rio das Ostras
A Prefeitura de Rio das Ostras informa que na Política de Assistência Social, a garantia de direitos do público LGBTQI+, assim como de todo cidadão, se dá através de diversos equipamentos da rede socioassistencial gerida pela Secretaria de Bem-Estar Social. Esses equipamentos podem ser utilizados como porta de entrada para atendimento das demandas deste público.
O atendimento na Proteção Social Básica é prestado por meio do Centro de Referência de Assistência Social, com atendimentos particularizados e a possibilidade de acesso à benefícios.
Na proteção especial de média complexidade o atendimento é ofertado através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, que atende diversas violações de direitos. Todos os profissionais dos equipamentos são capacitados para ofertar atendimento qualificado ao público LGBTQI+.