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OMS responde informações equivocadas sobre varíola dos macacos e seu alcance nos animais

O que você precisa saber sobre a varíola dos macacos: dos sintomas às fake news que não se deve acreditar.
Doze casos seguem em investigação no estado e 24 foram descartados. Foto Reprodução I Veja

Provavelmente você já ouviu nos noticiários, pelas ruas ou leu matérias relacionadas à varíola dos macacos. 

Isso se deve ao fato do crescente surgimento desse vírus até então “esquecido”. Atualmente, segundo a CNN, são 44 países com casos confirmados que se espalham por todos os continentes. 

Nessa onda recente, do vírus que teve origem na Dinamarca no fim dos anos 1950, a Europa tomou a vez e alertou o resto do mundo com o primeiro caso mais recente, em maio de 2022. 

Em agosto do mesmo ano, apenas no Brasil foram mais de 5 mil casos confirmados. No mundo, esse número ultrapassa 40 mil, segundo O Globo. 

E entre confirmações e preocupações, também há muitas informações equivocadas, e para não acreditar ou passá-las para frente, leia este artigo completo sobre a varíola dos macacos. 

O que é esse vírus?

Segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da  Saúde, a varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, denominado assim (monkey = macaco), por conta de sua origem. 

Em 1958, um macaco foi o primeiro a ser infectado pelo vírus, e apenas em 1970, ele chegou aos seres humanos, afetando uma criança congolesa. 

Uma vez com o vírus, os sintomas mais característicos da varíola dos macacos são vistos (e sentidos) pela pele, com feridas, lesões e bolhas de pus. 

Porém, estão associados a dores de cabeça, musculares, garganta inflamada, fadiga, febre e calafrios. 

Assim como qualquer vírus, ele é transmitido de um ser para o outro e o contágio é feito a partir dessa transmissão e não pelo ar, por falhas nos sistemas do corpo ou “do nada”. 

Por isso, não há apenas uma forma de contraí-lo e muito menos o macaco é o único responsável pela propagação da monkeypox, afinal, não é como se tivéssemos contato com eles com tanta frequência e facilidade. 

Apesar desses fatos, uma das ocorrências mais tristes desse vírus, é mais sobre as algumas atitudes do que sobre os seus próprios sintomas. 

OMS lamenta pessoas que agrediram macacos 

O ministério da Saúde se posicionou diante dos casos de “vingança” a macacos, por pessoas que atribuem a eles a responsabilidade pelo surgimento da enfermidade e pelo surto dela. 

No dia 9 agosto 2022, Margaret Harris, representante da OMS, declarou que o que estamos presenciando nesse momento, não se deve aos animais, mas sim, do contágio de humanos para humanos. 

Para se ter uma ideia da gravidade dessa ideia errônea, apenas em Rio Preto (SP), 8 macacos morreram em decorrência de agressões, segundo a prefeitura da cidade. 

A falta de informação, somada ao nome do vírus, são os maiores causadores desses tristes episódios, que não foram os únicos. 

Em outras cidades brasileiras, casos semelhantes também foram registrados, de acordo com equipes de resgate animal. 

Portanto, assim como afirmou Harris, “certamente não deveriam atacar os animais”. 

Na verdade, em nenhuma circunstância isso chega perto de ser algo válido, sejam as “causas” falsas ou verdadeiras. 

Como a varíola dos macacos chegou ao Brasil? 

Como já citamos, esse vírus infecta pessoas desde os anos 1970, mas após décadas, como voltou a ser uma preocupação mesmo em continentes com pouca ou nenhuma incidência até então? 

Para a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista à BBC, as causas eram esperadas uma hora ou outra. 

“A questão é que não damos atenção aos indícios que vêm dos países menos desenvolvidos (…) e os sinais eram claros: o número de casos vinha aumentando pouco a pouco. Primeiro, por meio do contato do ser humano com animais infectados em áreas silvestres. Depois, nas regiões próximas das cidades maiores.”

Além disso, o vírus viaja com pessoas e “cada vez mais pessoas vão trabalhar ou passear nas áreas onde esse vírus é endêmico”, afirma Damaso. 

Baixa mortalidade 

Porém, apesar do aumento dos casos, a baixa mortalidade é um dos fatores a se ater para aliviar aqueles mais preocupados. Ainda segundo pesquisas da BBC, 99% dos infectados se recuperam bem. 

No Brasil até a escrita deste artigo (ago. 2022), apenas 4 mortes foram registradas. Uma no Brasil, 2 na Espanha e 1 na Índia. Vale lembrar, que somente no Brasil, os casos já somam mais de 2 mil. 

No entanto, crianças menores de 8 anos, pessoas com complicações no sistema imunológico, doenças de pele, gestantes e mães que amamentam têm mais chances de sofrerem maiores consequências. 

Até o momento, segundo pesquisas, investigações e o andamento das infecções por monkeypox, o óbito pelo vírus ainda é considerado raro. 

Como o Brasil tem lidado com o vírus? 

O médico sanitarista e também presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Nésio Fernandes, o país está fadado a cometer os mesmos erros da prevenção à Covid-19, ou a falta de prevenção do início da pandemia.

Para o médico, há um “silêncio epidemiológico” em relação à varíola dos macacos. 

“Por ora, cada Estado está agindo de forma independente e tem critérios próprios de testagem e acompanhamento de casos”, analisa.

Porém, o que deveria acontecer, segundo Fernandes, era uma coordenação nacional e estratégica, ao invés de ações independentes e isoladas.

Até porque, “Sem coordenação nacional, a aquisição de insumos, medicamentos e tecnologias também fica muito mais difícil”, completa o especialista. 

Resumindo, se os governantes continuarem a cometer os mesmos erros, o resultado é o aumento desenfreado da monkeypox, tal qual foi a do coronavírus. 

Como ele pode ser transmitido?

As principais formas de transmissão são: 

  • contato com pessoas ou animais infectados;
  • e isso de dá por contato físico;
  • secreções respiratórias (tosse, saliva, espirro);
  • contato com as feridas da pele; 
  • sangue;
  • fluídos corporais. 

Nossos pets podem pegar varíola?

Sim, existe essa possibilidade. No Brasil, o primeiro caso ocorreu em Juiz de Fora (MG), em um Shih-Tzu de 5 meses. 

O dono, que preferiu não ser identificado, contou ao Portal G1 que os únicos sintomas foram feridas na pele do pet e que a transmissão foi por conta dele próprio, pois já havia positivado. 

Felizmente, o filhote está estável e sendo monitorado pela Secretaria Municipal de Saúde. 

Esse foi o primeiro caso, mas já era sabido que o vírus se trata de uma zoonose, ou seja: pode passar de animais para humanos e vice-versa. 

Até agora, não há muitos relatos quanto aos pets, mas assim como o Shih-Tzu, podem se recuperar bem. 

Sintomas e transmissão nos pets

Richard Silvera, diretor do Infectious Diseases Fellowship e professor assistente de medicina (doenças infecciosas) na Icahn School, tanto os sintomas quanto as formas de transmissão são as mesmas dos seres humanos. 

Sendo assim, lesões e feridas na pele, como também esgotamento físico e dores musculares podem aparecer. 

Sobre a transmissão, o contato com animais ou humanos infectados é o suficiente para o aparecimento do vírus.  

Então, como proteger seu amigo de quatro patas desse vírus?

Ele só estará em risco caso tenha contato com tutores infectados, mas um cuidado a mais na hora dos passeios é super válido, principalmente se o seu pet for super sociável. 

Portanto, caso o tutor ou alguém do convívio do bichano esteja com qualquer sintoma da varíola dos macacos: 

  • evite ao máximo o contato com o animal;
  • de preferência, deixe-o em local separado e totalmente desinfectado; 
  • se mantenha isolado e não compartilhe objetos pessoais;
  • sempre lave as mãos ao tocar em superfícies; 
  • quando entrar em contato com o pet, esteja de luvas, máscara e roupas que cubram o corpo; 
  • ventilar muito bem os locais. 

Essas são as principais informações sobre o monkeypox e sobre como esse vírus se comporta nos nossos melhores amigos. 

Com esses cuidados, você e o seu companheiro de 4 patas estarão à salvo! 

Porém, caso perceba algum dos sintomas citados aqui, procure uma clínica veterinária 24h o mais rápido possível. 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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