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Oito anos sem Marcelo Lartigue e sua irreverência polêmica e genial

Búzios, cidade onde viveu a maior parte da vida, ainda não prestou uma homenagem a altura da importância do jornalista e fundador do Perú Molhado
Marcelo Lartigue BÚZIOS
Marcelo Lartigue em uma noite em que foi homenageado por amigos, dias antes de sua morte - foto Yaneska Genaro

Há 8 anos, Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e o Brasil de alguma forma, perdia o polêmico jornalista, nascido na Argentina, e radicado no Brasil desde os idos de 1980, Marcelo Lartigue. Fundador e editor do jornal O Perú Molhado, tinha 60 anos e recuperava-se de um transplante de fígado, teve duas paradas cardíacas e não resistiu.

O Jornal “O Perú Molhado”, fundado em fevereiro de 1981, é uma das maiores referências nacionais e mundiais de um jornalismo caracterizado pela irreverência e ousadia. Resistiu bravamente por mais de 30 anos ininterruptos atravessando todas as crises. O jornal era conhecido como ‘O Pasquim’ da Região dos Lagos, era amado e odiado na mesma proporção, mas foi de grande importância no registro histórico e na formação cultural de Búzios como cidade internacional. Entre seus feitos ficou a marca da intensa luta pela emancipação da cidade.

O fundador e CEO da Prensa de Babel, Victor Viana, que trabalhou com Marcelo em O Perú Molhado, comenta sobre importância e lamenta o pouco esforço para a preservação do seu legado profissional e pessoal pelo município.

“Marcelo como pessoa era ou amar ou odiá-lo. Eu me incluo no grupo dos que o amavam. Mas, mesmo os que não se davam bem com ele, não podem negar que era um visionário que ajudou muito a posicionar Búzios no mapa como uma cidade diferente. E ele também nunca mediu esforços para defende-la. O seu legado material corre sério risco de se perder para sempre, suas fotografias de mais de três décadas, e o acervo de edições do jornal que conta, do jeito do Perú, a história de uma cidade em formação e como ela foi mudando com o tempo. Além disso, corre o risco de perder a memória de um membro ilustre da comunidade, porque ele era um buziano, e dos mais famosos no Brasil e no mundo”, disse.

Logo após a morte de Marcelo, os membros, à época, da redação do Perú Molhado, iniciaram uma campanha para que a Praça Santos Dumont, no centro de Búzios, onde na maior parte dos anos foi a redação do jornal, passasse a se chamar Marcelo Lartigue.

A iniciativa não foi adiante, mas Victor acredita que deveria haver uma homenagem póstuma ao jornalista.

“Uma estátua em alguns dos muitos pontos emblemáticos de sua vida cotidiana em Búzios, algo nesse sentido, de iniciativa do Poder Público, e que poderia ter até apoio privado, seria uma homenagem merecida”, opina.

Em 2017, a Prensa organizou a “Semana Marcelo Lartigue”, onde por sete dias o site divulgou publicações sobre o jornalista. Entre os colaboradores estavam ex-funciários, amigos, e admiradores como o escritor Rui Castro.

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