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O teste do pescoço e o lugar da travesti na sociedade

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Por Sara  Wagner York 

Adaptação do teste do pescoço GELEDES  pela Sara Wagner Yorkmulher trans e travesti que educa em tempo integral  (Até dormindo quando o povo fala mal!!!) Rimou…

Sara York, na foto uma travesti cercada de crianças numa escola de ensino formal, é mulher transexual e travesti, graduada em Letras – Inglês (Licenciatura / UNESA) e Pedagogia (Licenciatura / UERJ ).

1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos pessoas trans ou travestis são balconistas;

2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, Santo Agostinho, Pré Médico, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantas pessoas trans ou travestis . Aproveite, conte quantas pessoas trans ou travestis estão lecionando ou/e quantas estão varrendo o chão;

3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são pessoas trans ou travestis, meta o pescoço e conte quantxs pessoas trans ou travestis médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos trans/travestis estão limpando o chão.

4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia/sexo diverso consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos trans/travestis, fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc.

5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte pessoas trans ou travestis há por lá: professores, alunos e serviçais?

6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM ou qualquer outro que você desejar, como exemplo, conte quantos políticos são pessoas trans ou travestis desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da minha gente transgenerificada.

7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte pessoas trans ou travestis médicos/as que marchavam;

8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos alí são ou foram apontados como “afeminados” (viado), é mais fácil;

9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadxs domésticxs, serviçais, faxineiros, faveladxs e mendigxs são miseráveis ou desprezíveis por simplesmente serem pessoas trans ou travestis. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão;

10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são pessoas trans ou travestis, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto, minha gente nem isso é. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são pessoas trans ou travestis?

11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são pessoas trans ou travestis e são apresentados como profissionais e não por suas genitálias. Onde as crianças viadas/ trans se veem representadas, ou você acha que elas não merecem se ver?

Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares (inclusive nos que falam sobre inclusão, como eu fiz) e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Gênero/Racial e se somos tratados iguais perante a lei?

***Tentei buscar uma imagem e trago uma raridade, sim uma raridade, uma travesti cercada de crianças numa escola de ensino formal  Sejamos mais crianças!

 Colunista convidada. O Prensa se posiciona em total concordância com a opinião expressada neste artigo.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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