O capitalismo escancarado, sem medo de causar extrema miséria e exploração a níveis intoleráveis. É isso que significa o modelo neoliberal que Temer e sua base do PSDB tentam impor goela abaixo do país.
Desmontar o Estado de Bem Estar Social, porém, não é uma novidade brasileira. É uma estratégia global do capitalismo. A estratégia começou após a queda do Muro de Berlim. O Estado de Bem Estar Social tinha como objetivo atender algumas reivindicações dos trabalhadores e dos sindicatos e permitir alguns direitos à classe laboral após o fim da segunda guerra mundial. A partir de 1987, o Comunismo não apresentou mais ameaça e os capitalistas então passaram a querer o de volta os direitos que concederam. Não é a toa que tardam desse período o começo das medidas de austeridade de Reagan e Tatcher. Até hoje o que se observa é um avanço sem precedentes da proposta neoliberal de redução do Estado e dos direitos rumo a uma lucratividade cada vez maior.
Portugal é um exemplo de que o Brasil e os neoliberais estão no rumo errado. A aplicação do receituário neoliberal naquele país, nos anos de 2012-2014, levou a nação portuguesa a uma queda de 10 % do PIB e a 15 % de desemprego. Imagine se esta receita for aplicada ao Brasil.
Em 2015, Portugal viu a esquerda vencer unida as eleições e colocar abaixo o modelo neoliberal. Uma política de investimentos estatais localizada em alguns setores foi implementada. Resultado: Portugal virou exemplo de economia bem sucedida e de reversão dos índices de queda de produção e desemprego.
No Brasil, já temos 14 milhões de desempregados e índices de violência estratosféricos. A adoção do modelo excludenete representado pelas reformas de Temer pode mergulhar o país num fosso ainda mais profundo e sem volta.