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O gabarito de Búzios e a importância da escala arquitetônica em um destino turístico

Kiki Reis é Consultora em Turismo e Administração, mora em Búzios desde 2012 e escreve artigos de opinião e análise na Prensa

Búzios é um destino turístico que ganhou notoriedade pela exuberante beleza natural. Porém somente esses atributos não são o suficiente para atrair os turistas, vez que o Brasil tem lugares encantadores por todo o litoral. A combinação natureza, cultura e um plano arquitetônico e estilístico próprio, são fundamentais para diferenciar Búzios dos outros destinos turísticos do país.

Basta um passeio pelo balneário para notar que a cidade se distancia cada vez mais do ideal “estilo vila” proposto e traçado, em grande parte, pelo arquiteto Octavio Raja Gabaglia, o Otavinho.

Otavinho é autor da lei que estabelece que as construções de Búzios tenham apenas dois andares, o que permitiu a cidade manter um padrão estilístico e uma escala humana, preservando, entre outras coisas, a visão da paisagem natural.

Octávio Raja Gabaglia, arquiteto que deixou entre seus legados a Rua das Pedras/ Foto Tatiara Leon/ arquivo Jornal A Raza

Alguns atores em Búzios estão, já há algum tempo, discutindo, imagine você, o gabarito da cidade! Ao invés disso deveríamos discutir, exaustivamente, a criação ou ampliação das nossas atratividades e notoriedades e, no caso do gabarito, a discussão deveria partir de uma arquitetura singular.

Pensemos em França, país que se destaca pela atratividade, pela singularidade e pela notoriedade dos edifícios destinados a fins turísticos e de lazer. Pense na escala arquitetonica da cidade de Paris, por exemplo. E se pensarmos no extremo deste ultimo exemplo, nos remetendo para uma cidade turística muito cobiçada e moderna – Nova Iorque – encontraremos, de igual forma, uma escala que abraça a cidade.

Não podemos deixar espaço para que se torne realidade a produção em massa, com pouca criatividade/qualidade, provocada pelo estilo moderno.

No nosso caso, que somos um destino turístico por excelência, deveríamos conseguir exprimir uma representação significativa dos mais importantes valores de nossa cidade. Com certeza a escala arquitetonica é uma das mais impactantes.

Temos que conseguir fortalecer legalmente a defesa da lei dos dois andares e a manutenção do “estilo búzios”. Isso envolve toda a comunidade:  os que investem na cidade, passando pela Câmara de Vereadores, o Poder Executivo, e, em especial, o engajamento de toda a população que por fim é atingida direta e indiretamente com a escolha que será feita do conceito de cidade.

Kiki Reis é Consultora em Turismo e Administração, mora em Búzios desde 2012/

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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