A Ver Só é um espetáculo de histórias de amores e paixões. Histórias de eu-líricos que se revelam na palavra escrita e na urgência de compartilhar as suas visões de mundo. Anayde Beiriz, que desde muito jovem já publicava em diversos meios de imprensa fora da Paraíba, teve seu relacionamento jovial e sonhador, interrompido pelo preconceito que sofria por ser uma mulher livre. Mais tarde em sua vida, ainda bem jovem, foi exposta quando teve suas cartas compartilhadas na cidade, endereçadas a João Dantas, a mando de João Pessoa, por conflitos políticos.
A ver só costura e recria textos onde a experiência de histórias de amor possam ser sentidas e atravessadas pelas palavras de Anayde Beiriz, e em conjunto à experiências poéticas diversas dos performers em cena. Colocando histórias de relações românticas, dúvidas, medos, conflitos internos que atravessam campos sociais e políticos na experiência da própria existência humana, numa mostra de si em caminho com o outro, expondo as suas confissões e seus segredos em cena.
A Ver Só é um espetáculo idealizado e produzido pelo Coletivo Porta Adentro, um grupo de artistas paraibanos independentes. Em cena, estão: Bruno Constantino, Flávia Espinosa, Thiago Reimberg e Wedna Tânia. Assistência de produção: Iago Andrade. O artista responsável pela identidade visual é Akayu. A trilha sonora conta com a música “Anayde Beiriz” de Elon. Como base de estudo para esta montagem, utilizamos o livro “A Última Confidência” de Valeska Asfora. Além de ser utilizado adereços cênicos do Laboratório Permanente de Figurinos (LAPEFI).
O Coletivo Porta Adentro, surge em 2019, dentro de um contexto acadêmico, no qual graduandos em Teatro – da Universidade Federal da Paraíba, se unem para experimentar fazeres artísticos no campo das artes cênicas, em João Pessoa – PB.
Sinopse A ver só. O avesso. O verso mais íntimo. A ver só costura e recria textos e histórias numa (re)leitura que coloca em cena questões do “eu” que são atravessadas pelo coletivo (político-social) a partir das correspondências e poesias de Anayde Beiriz. Esse experimento busca refletir sobre o ato de desnudar-se e confiar no amor e, mais do que isso, sobre até onde nos sentimos e somos livres para amar? A ver só traz o texto, possíveis subtextos, gritos e silêncios. Não existe no amor nada a ser confessado.
O Espaço Cultural CircoLo de Criação está localizado na Estrada da Usina 179 – Centro, Búzios – RJ.
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