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O dia em que vi o sol cair no mar de Barra de São João ou “os sonhos não envelhecem”

O Sol nasce no "Praião" de Barra de São João ( ilha 30 réis ao fundo). Foto de Arildo Guimarães em 2001
O Sol nasce no "Praião" de Barra de São João ( ilha 30 réis ao fundo). Foto de Arildo Guimarães em 2001

Por Victor Viana (Série crônicas pessoais) 

sol_no_marA vida é cheia de fases, acho que todos concordam. Houve um tempo em que eu respirava Pinky Floyd, mas junto ao som dessa grande banda eu também lia um catatal de livros “viajantes”, entre filosofia quântica, religiões do oriente e qualquer outro tralalá encadernado em formato de livro. Até montamos um grupo de estudos – falávamos de tudo e até fizemos algumas ações sociais- tinha o pomposo nome de “Gran Ordem dos Sedentos Por Saber” (risadas), mas era uma brincadeira apenas. Tanto era brincadeira que depois sobre nós mesmos chamávamos de “Gran Ordem dos Desbravadores de Porra Nenhuma”.  Debatíamos muitos assuntos sérios e profundos, mas no fim a conversa sempre era sobre mulher. Éramos garotos e contávamos algumas vantagens uns para os outros. Normal.

Mas fiz essa introdução só para contar sobre o grande sonho que tive nesse época, preciso abrir um parêntese para lembrar que meu livro ‘O menino do guarda chuva’, primeiro foi uma viagem que tive nessa época.  Mas isso também envolvia algumas substâncias na mente que não eram propriamente o Pinky Floyd.  Mas vamos ao sonho!

Eu estava morando sozinho nessa época – acho que tinha 17 ou 18 anos- lá em minha terra natal, Cachoeiras de Macacu, no interior do Rio de Janeiro. Tinha cansado de morar com minha mãe e fui morar com meu pai, mas ele começou a trabalhar em outro estado e eu fiquei sozinho. Eu tinha chegado do trabalho – fui enfermeiro particular de idosos-  e já era bem tarde, adormeci vestindo o uniforme branco. Acordei de bermudão florido e camiseta branca – minha forma de vestir não mudou muito- e fui andando por Barra de São João (minha cidade afetiva), na Região dos Lagos do Rio. Vindo pela rua principal de acesso a praia – onde passa o tradicional bloco dos Gaviões, em que homens se transvestem de mulher – muito comum no Rio durante o Carnaval- cheguei a um banco de praça que há no calçadão e me sentei de frente para o mar – na época tinha um banco virado para o mar – e fiquei olhando o horizonte. De repente o sol caiu do céu! Desceu com tudo afundando a linha do horizonte, de forma que o mar afundou também formando uma curvatura – se fez noite em segundos. O céu ficou cravejado de estrelas e uma lua das maiores que já vi em vida e em sonhos. Houve uma rápida mudança atmosférica também, esfriou um pouco. Mas isso foi questão de segundos. Tão rápido quanto o sol caiu ele foi arremessado de volta ao céu pela resiliência da linha do horizonte que ficou de novo esticadinha. Assim o dia retornou veloz explodindo em cores!  Em tudo clareou, trazendo o calor de volta.

Acordei suado a beça – Cachoeiras de Macacu é bem quente- fiquei ainda um tempo meio atordoado sem saber se tinha sonhado ou não. Me levantei- já era outro dia e eu estava de folga- fui chamar uns amigos para um banho de cachoeira.  No caminho contei o sonho que nunca esqueci e que conto a minha mulher e amigos até hoje e que me marcou tão forte que tem dias que ainda acordo e penso que realmente aconteceu.

 

*A pedido de amigos e, em especial, de minha esposa Camila irei publicar algumas histórias de fatos que aconteceram comigo. Espero que mais  pessoas se identifiquem.

O dia em que vi o sol cair no mar de Barra de São João ou “os sonhos não envelhecem”

O Sol nasce no "Praião" de Barra de São João ( ilha 30 réis ao fundo). Foto de Arildo Guimarães em 2001
O Sol nasce no "Praião" de Barra de São João ( ilha 30 réis ao fundo). Foto de Arildo Guimarães em 2001

Por Victor Viana (Série crônicas pessoais) 

sol_no_marA vida é cheia de fases, acho que todos concordam. Houve um tempo em que eu respirava Pinky Floyd, mas junto ao som dessa grande banda eu também lia um catatal de livros “viajantes”, entre filosofia quântica, religiões do oriente e qualquer outro tralalá encadernado em formato de livro. Até montamos um grupo de estudos – falávamos de tudo e até fizemos algumas ações sociais- tinha o pomposo nome de “Gran Ordem dos Sedentos Por Saber” (risadas), mas era uma brincadeira apenas. Tanto era brincadeira que depois sobre nós mesmos chamávamos de “Gran Ordem dos Desbravadores de Porra Nenhuma”.  Debatíamos muitos assuntos sérios e profundos, mas no fim a conversa sempre era sobre mulher. Éramos garotos e contávamos algumas vantagens uns para os outros. Normal.

Mas fiz essa introdução só para contar sobre o grande sonho que tive nesse época, preciso abrir um parêntese para lembrar que meu livro ‘O menino do guarda chuva’, primeiro foi uma viagem que tive nessa época.  Mas isso também envolvia algumas substâncias na mente que não eram propriamente o Pinky Floyd.  Mas vamos ao sonho!

Eu estava morando sozinho nessa época – acho que tinha 17 ou 18 anos- lá em minha terra natal, Cachoeiras de Macacu, no interior do Rio de Janeiro. Tinha cansado de morar com minha mãe e fui morar com meu pai, mas ele começou a trabalhar em outro estado e eu fiquei sozinho. Eu tinha chegado do trabalho – fui enfermeiro particular de idosos-  e já era bem tarde, adormeci vestindo o uniforme branco. Acordei de bermudão florido e camiseta branca – minha forma de vestir não mudou muito- e fui andando por Barra de São João (minha cidade afetiva), na Região dos Lagos do Rio. Vindo pela rua principal de acesso a praia – onde passa o tradicional bloco dos Gaviões, em que homens se transvestem de mulher – muito comum no Rio durante o Carnaval- cheguei a um banco de praça que há no calçadão e me sentei de frente para o mar – na época tinha um banco virado para o mar – e fiquei olhando o horizonte. De repente o sol caiu do céu! Desceu com tudo afundando a linha do horizonte, de forma que o mar afundou também formando uma curvatura – se fez noite em segundos. O céu ficou cravejado de estrelas e uma lua das maiores que já vi em vida e em sonhos. Houve uma rápida mudança atmosférica também, esfriou um pouco. Mas isso foi questão de segundos. Tão rápido quanto o sol caiu ele foi arremessado de volta ao céu pela resiliência da linha do horizonte que ficou de novo esticadinha. Assim o dia retornou veloz explodindo em cores!  Em tudo clareou, trazendo o calor de volta.

Acordei suado a beça – Cachoeiras de Macacu é bem quente- fiquei ainda um tempo meio atordoado sem saber se tinha sonhado ou não. Me levantei- já era outro dia e eu estava de folga- fui chamar uns amigos para um banho de cachoeira.  No caminho contei o sonho que nunca esqueci e que conto a minha mulher e amigos até hoje e que me marcou tão forte que tem dias que ainda acordo e penso que realmente aconteceu.

 

*A pedido de amigos e, em especial, de minha esposa Camila irei publicar algumas histórias de fatos que aconteceram comigo. Espero que mais  pessoas se identifiquem.

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