O projeto CircoLo Social existe há 19 anos em Búzios, desde então as vagas para participar são sempre disputadas. Mas desde a pandemia, o projeto social sofreu com as mudanças e vem existindo através do esforço dos participantes e dos professores e responsáveis do projeto. Diante da situação que o projeto vem passado, os alunos e alunas decidiram se mobilizar na internet e convocar todos para uma manifestação nesta segunda-feira (22), às 15h, na Praça Santos Dumont.
A mensagem que circula nas redes é da aluna do projeto Rayene Gonçalves, que está há oito anos participando. No texto, ela que quer que a voz dela seja ouvida, mobiliza simpatizantes e ex-alunos para participar de uma corrente nas redes.
Segundo ela, foi decidido a publicação da carta para que com a mobilização o projeto seja abraçado novamente e tenha algum patrocínio. “Então, eu decidi escrever a carta porque desde maio não temos nenhuma forma de patrocínio para o circo. Nenhuma resposta concreta sobre o futuro, o projeto está correndo o risco de não acontece mais. Tive a ideia de fazer a carta para tentar chegar ao máximo de pessoas e hoje mostramos nossa força”, diz ela.
O CircoLo Social quando iniciou, tinha apenas 50 vagas na Casa de Cultura, que atualmente se tornou o Espaço Cultural CircoLo de Criação. Em 2019 chegou a atender até 375 pessoas em dois núcleos, no Centro e Rasa, através do patrocínio da Prefeitura por meio da secretaria de Cultura. Em 2021, o projeto retornou após a pandemia com cerca de 150 vagas através do patrocínio da Enel por meio da Lei de Incentivo do ICSM da secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.
Para Rayene, o projeto não ajuda só na saúde física como na saúde mental. “O circo mudou muito a minha vida, desde o físico ao psicológico, eu não sei o que seria hoje de mim sem o projeto. Me fez ter novas amizades, me fez perder a vergonha, perder o medo de me expressar. E quanto mais crianças e adolescentes no circo, menos desses jovens fazendo coisas erradas. Um projeto desse nível e que já fez tanto pela sociedade buziana não pode acabar dessa maneira. ”, complementa ela.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.