Por Rafael Alvarenga
Pela primeira vez a final do Mundial de clubes era disputada por um clube japonês, o Kashima Antlers. Faltava agora superar o Real Madrid que encarava sua sétima final e buscava o pentacampeonato, para então superar o Milan e se tornar o maior campeão do torneio.
Eu torcia contra o time merengue, o maior campeão de tudo que pode existir no futebol. Mas não vou encorajá-los a fazer o mesmo. Até porque o Real venceu por 4X2, com 3 gols de Cristiano Ronaldo e mais uma vez foi campeão.
Entretanto, como a crônica me permite, devo dizer que o Kashima sofreu o primeiro gol por um erro primário: bola rebatida, primeiro na entrada da área, depois no meio dela diante de um Benzema sozinho. Menos de 10 minutos do 1º tempo, Real 1X0. Quem me visse diria para ir à praia ou ler um livro. Porém bravamente os japoneses empataram e no início do 2º tempo viraram com um belíssimo chute de fora da área do camisa 10 Shibasaki. E agora José? O jogo não podia acabar. O Real viria para cima. O que fariam os japoneses?
Cristiano Ronaldo, astro madrilenho, não fazia boa partida. As pedaladas não lhe saíam redondas; os chutes mascados, a respiração funda. O que fazer? Ter a sorte de um campeão. E foi assim, como num passe de mágica, que ele fez 3 gols. Um de pênalti, outro de uma bola vadia que lhe procurou na área e o último, enfim, como faz um centroavante de categoria, tocando na saída do goleiro.
No fim, o Real venceu um Kashima destemido. Mas o Kashima perdeu para o Real do mundo todo.