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Pandemia

Mesmo em meio a pandemia pretos e pobres continua sem serem reconhecidos como cidadãos

E de de repente se descobre que o Brasil é pobre/ Foto Rádio Blumenau

Desnudaram-se a vista das pessoas ditas brasileiras que 48 milhões de pessoas solicitaram o auxílio emergencial de 600 reais, disponibilizado pelo governo federal para aplacar a crise financeira imposta em virtude da pandemia.

Quem são essas pessoas, que estão no limite do salubre e insalubre, da pobreza e indigência, da produção e da invisibilidade? A pandemia é cruel. Além dos efeitos viróticos e das taxas de mortalidade, evidencia o esquema programático de descarte das pessoas. Dentro das pretensas possibilidades de qualquer tipo de entendimento sobre cidadania, não se deram conta que existem, agora, oficialmente, 48 milhões de pessoas no limite dos acessos e assistências, no limite do que é a seguridade social e a inserção plena no conjunto de bens e serviços de uma sociedade.

A seguridade social consiste em 3 pilares básicos: Saúde, Assistência Social e Previdência Social, justamente como medida de amparo de cidadãos como doença, velhice, desemprego e outras variáveis de vulnerabilidade. O que essas 48 milhões podem nos mostrar, ou, pelo menos, deveriam nos mostrar? Um contingente de pessoas desamparadas por elementos que os deveriam tornar cidadãos plenos, como emprego formal, estabilidade financeira, formação técnica, segurança alimentar, moradia própria, saneamento básico, assistência médica plena e outras variáveis, que não deveriam deixar essas pessoas vulneráveis a ponto de precisarem e clamarem por um auxílio emergencial de valor esdrúxulo.

Outra coisa evidente é o modelo de sociedade no qual vivemos e defendemos, que permite a exclusão de 48 milhões de pessoas. Seres humanos que são potencialidades e transformadores com seus movimentos, caso fosse possível o desenvolvimento das potencialidades e movimentos.

A descartabilidade de pessoas não adequadas a ocuparem os postos de qualquer coisa oferecidas se tornou algum comum no nosso imaginário. Perceber o risco pela sobrevivência e todo o jogo retórico para se capitalizar um discurso de salvação ou de mudança, ora acreditando nos rumos da política pública atual ou numa mudança da política pública atual por uma outra qualquer.

Pessoas querem ser incluídas, querem comer todo dia, querem ser contempladas com o básico para se viver. Pois bem, que espécie de participação ou empenho democrático se espera de fato com essa exclusão da cidadania tão gritante? A pandemia escancara, mas haverá o pós e aí? Quais são nossas reais motivações para defender uma real seguridade pro real brasileiro?

O real brasileiro que o Brasil desconhece está na rua, jovem, preto, vendendo um poema milagroso para pessoas com dores diversas, sem máscara, com sua banca improvisada numa esquina e na outra esquina há uma jovem preta, sem máscara, com o violão, em frente ao boteco, fechado, com um chapéu, pedindo contribuições dos transeuntes mascarados, que vão aos bancos, mercados, farmácias e padarias. O Brasil é invisível de si mesmo…

Fábio é professor, rapper, ativista e vadio/ Escreve regularmente opinião para a Prensa

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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