Três das nove regiões fluminenses estão em bandeira vermelha, com alto nível de contágio. Região dos Lagos é classificada como risco moderado
A Subsecretaria Extraordinária das Ações Governamentais Integradas da Covid-19 divulgou nesta quinta-feira (10) a nova edição estadual do Mapa de Risco da doença. Nele, as Regiões Metropolitana I e II e Noroeste do Rio de Janeiro passam a ser classificadas em alto nível de risco para a doença, caracterizado pela bandeira vermelha. Apenas duas das nove regiões do estado apresentam risco moderado, com bandeira laranja, sendo a Região Serrana e Baixada Litorânea (Região dos Lagos).
Esta é a 11° edição do mapa. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), nas áreas classificadas como bandeira vermelha, vivem 75% da população fluminense. Atualmente há 230 leitos de UTI e 206 de enfermaria, um total de 436 leitos na rede estadual dedicados ao tratamento da doença, e há previsão de abertura de novos, gradativamente.
De acordo com dados da SES, desde o início da pandemia já foram realizados mais de 298 mil testes. Só em novembro foram mais de 90 mil exames, caracterizando um aumento de 74% em relação a outubro, em parceria entre a SES, COSEMS e Fiocruz. A Secretaria também repassou verbas de cofinanciamento aos municípios fluminenses para ações de combate à Covid-19, inclusive contemplando as parcelas em atraso.
As demais regiões do Estado, Médio Paraíba, Centro-Sul e Norte, estão classificadas em baixo nível de risco, simbolizado pela bandeira amarela. A edição atual compara as Semanas Epidemiológicas 47 (15 a 21 de novembro) e 45 (1 a 7 de novembro).
Indicadores
A taxa de positividade da doença no Rio de Janeiro aumentou de 24,47%, na análise anterior, para 37,63%. O estado teve uma diminuição de 3,14% no número de óbitos, mas os casos aumentaram 20,77% no período analisado. A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos pacientes da Covid chegou a 73,36%, e a de leitos de enfermaria, 62,5%. A previsão de esgotamento de leitos de UTI, que antes era de 30 dias, reduziu para 19 dias. Esses são os seis indicadores usados no cálculo para a classificação.
A Região Noroeste foi onde o número de casos teve o aumento mais expressivo: 166,67%. Na Região Serrana, o aumento do número de óbitos foi de 50%. A taxa de positividade das regiões do estado foi o indicador que mais apontou para a classificação vermelha. Em todas elas, ficou acima de 28,34%. Na Baía da Ilha Grande, chegou a 41,43%, mantendo a região com o maior índice do estado, conforme análise anterior.
A maior taxa de ocupação de leitos de UTI está na Região Noroeste: 86,67%. Nos leitos de enfermaria, a maior ocupação é da Região Metropolitana I, 79,21%. É nela também onde está o menor tempo previsto para esgotamento de leitos de UTI: 9 dias.
Medidas de distanciamento
De acordo com a avaliação da Subsecretaria Extraordinária, a classificação em bandeira vermelha indica que, além das medidas da bandeira laranja, deve-se suspender as atividades econômicas não essenciais definidas pelo território, avaliando cada uma delas; e definir horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.
A bandeira laranja é indicação de que precisam ser cumpridas todas as medidas de distanciamento social já adotadas na bandeira amarela, além das medidas adicionais: suspensão de atividades escolares presenciais; proibição de qualquer evento com aglomeração, conforme avaliação local; adoção de distanciamento social no ambiente de trabalho, conforme avaliação local; avaliação da suspensão de atividades econômicas não essenciais, com limite de acesso e tempo de uso dos clientes, conforme o risco no território; e avaliação da adequação de horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.
Cada bandeira representa um nível de risco e um respectivo conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).