Estudos apontam que a nova mutação do vírus foi encontrada em concentração na capital do Rio, Cabo Frio, Niterói e Duque de Caxias
Cientistas descobriram uma nova linhagem do coronavírus (Sars-CoV-2) no estado do Rio de Janeiro. Os estudos foram feitos por Pesquisadores do Laboratório de Bioinformática, que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), especializada em computação científica. Para os estudos, os cientistas analisaram 180 genomas de pessoas com coronavírus, 82 homens e 98 mulheres, de 19 municípios do estado do Rio de Janeiro.
A mutação do vírus foi encontrada em concentração na capital do Rio, Cabo Frio, Niterói e Duque de Caxias. De acordo com as informações, a linhagem derivou da B.1.1.28, que já estava em circulação no Brasil desde o início do ano. O estudo apenas divulgou a descoberta, mas não indica que a mutação seja mais transmissível ou agressiva do que a já vinha circulando anteriormente. Os pesquisadores reforçam que, assim como para as outras linhagens do Sars-CoV-2, ainda não há indícios de que esta possa reduzir a eficácia das vacinas que começam a chegar no mundo.
O estudo foi feito em parceria com pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels e das Secretarias de Saúde de Maricá e do Rio. A pesquisadora Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), explica que, de acordo com as análises, a nova linhagem surgiu no estado em julho de 2020.
Segundo as informações, a descoberta já foi comunicada pelos pesquisadores ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde do Estado do Rio, que, a partir de agora, tentam entender, junto aos cientistas, se a nova linhagem é mais agressiva e se tem maior capacidade de contaminação do que a já conhecida e que circula desde o início da pandemia.