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Ideias que desafiam o nosso direito de ir e vir sempre ecoaram, ainda mais em um plano de civilização de herança escravocrata e ditatorial. Estruturas densas e cimentadas que não são quebradas de uma hora pra outra, ideias que atravessam comportamentos e instituições que não são abandonadas de uma hora pra outra.

Para quem acredita na emancipação humana, bater de frente contra essas estruturas, contra essas ideias, é compromisso de vida. E digo bater de frente porque vivemos no choque, no conflito, no alerta, no ponto de luta. Não há refresco, além do fato que existem forças contra a emancipação humana travestidas nos diversos signos, do entretenimento ao mercado financeiro.
Pois bem, a ascensão de projetos que desafiam o sentido da emancipação humana, ainda mais com um viés, cuja possibilidade seria uma forma legítima de participação de pessoas, é no mínimo, temerária. A democracia representativa é colocada em xeque, nosso marco civilizatório é passível de questionamento, de medo.

Temos que entender, antes de mais nada, que projetos dessa natureza, não nascem da chocadeira, não são criações via geração espontânea, nem nada nesse sentido. Por mais que comparativos ao chamado nazifascismo estejam em voga, e com razão, devido a natureza e semelhança dos estadistas que governavam sobre esse prisma, não dá pra ignorar a herança escravocrata e patrimonialista brasileira.

Um país de dinastias políticas e empresariais, onde famílias dominam pleitos eleitorais e com informações privilegiadas, montam empresas e dominam economicamente, inúmeras áreas nos vários Estados e Municípios brasileiros.

Um tratamento através do braço armado estatal, não importando a bandeira partidária, a população preta, pobre e periférica, com relatórios denunciando diversas violações aos direitos humanos. Invasão de casas, roubo de pertences, estupros. Sem contar o número absurdo de pessoas presas e isso só apontando o sistema penal como causador.

Sem contar o gargalo da corrupção, caixa dois, evasão de divisas e lobby, marcas comuns da política via democracia representativa. Vem cá, diante dessas evidências e outras mais que não serão citadas por aqui, por que não poderia surgir um candidato que desafia os valores de emancipação humana e com amplas chances de ganhar o pleito, que uns chamam, de democrático?

O terreno sempre foi fértil pra essas ideias e perceber que houve um erro estratégico e de poder que adubou mais esse terreno é um olhar mínimo que deveríamos ter pra a gente começar a combater o mal que nos acena e que está próximo de nos esmurrar, por esses tempos.

E a partir desse reconhecimento, se organizar e evocar uma base de luta autônoma, de democracia real, de base, deveria ser meta. Enquanto não tivermos condições de promoção de uma participação real de todos, alguns continuarão acreditando em messias e salvadores da pátria. E não importando a matiz, todos são nocivos.

Por isso, escolho a trincheira, onde sei que o caminho entre o ataque declarado ou camuflado aos nossos direitos, vai permanecer o ataque aos nossos direitos. Com maior ou menor intensidade, ainda estamos longe do poder real e pra alcançar isso, vamos ter que paciência, mas além da paciência, organização, disciplina e método.

Nosso paredão precisa ser formado, um paredão onde o coletivo entenda de fato que é empoderamento e que realmente entenda o que é emancipação humana. O momento é de trincheira, com o risco de mais dos nossos caírem, como já caem, aos tantos, por aí. Que esperança supere a incerteza, pois a liberdade, ainda é viver sem medo. Por enquanto…

 

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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