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NÃO É NÃO | Assédio e Insegurança no Carnaval – Como se proteger

Veja como se proteger e o que fazer em casos de assédio durante a festa
Não é Não / Crédito: site Hypeness

O Carnaval está chegando e com ele a expectativa de muita folia na região. Infelizmente, junto com toda alegria as mulheres também têm uma grande preocupação: o assédio. Segundo o Ministério da Mulher, Família e Direitos humanos, a violência sexual contra as mulheres aumenta em aproximadamente 20% nessa época do ano. Veja algumas dicas de como se proteger e proceder diante dessas situações.

‌Informação

‌Em 2018 entrou em vigor a Lei 13.718, que criminaliza os atos de importunação sexual e divulgação de cenas de estupro, nudez, sexo e pornografia. A pena para essas condutas pode variar entre 1 a 5 anos de prisão.

Atenção redobrada

‌Cuidado com os golpes da bebida. Não aceite nada oferecido por desconhecidos ou pessoas com pouca proximidade. Preste sempre muita atenção nas embalagens e confira se estão lacradas. Se possível, dê preferência para comprar em locais conhecidos e verifique a procedência.

Transporte

‌Ao optar pelo transporte público, busque se sentar em locais visíveis, de preferência próximo ao motorista ou a um grupo de amigos. Evite pegar carona com desconhecidos, mesmo que sejam amigos de amigos.

‌Se optar pelo uso de aplicativos, compartilhe sempre a corrida com algum conhecido. Se estiver sozinha, opte por sentar no banco de trás, de preferência nas costas do motorista. Caso se sinta insegura, ligue para alguém assim que entrar no veículo, para mostrar que há alguém à espera. Não aceite balas ou bebidas do motorista.

‌Se for de carro, certifique-se de que não há ninguém próximo antes de entrar no veículo. Se possível, peça para algum conhecido acompanhar o trajeto. Busque locais seguros para estacionar, evite locais desertos.

Instrumentos de defesa

‌Segundo o Projeto de Lei 161/19, é permitido o uso de spray de pimenta e arma de incapacitação neuromuscular (armas de eletrochoque). Se sentir necessidade, leve o acessório em sua bolsa.

‌Outra dica é levar um apito e uma caneta marca texto preta, para riscar um X na palma da mão e deixar visível. Este símbolo representa um pedido de socorro. Muitos estabelecimentos colocam avisos nos banheiros femininos com códigos para pedir ajuda. Caso sinta necessidade, verifique nos locais próximos.

Mantenha contato com seu grupo de amigos

‌Não deixe de procurar seu grupo de amigos ou pessoas que possam te auxiliar. A dica é deixar algum contato de emergência anotado em um papel, caso perca o celular ou precise de ajuda.

Uso de preservativos

‌Outro aspecto importante para a segurança no Carnaval é o uso de preservativos. Não deixe de usar. Você pode solicitar ao posto de saúde mais próximo ou comprar a marca de sua preferência. Não se esqueça de conferir a integridade da embalagem e a validade do produto. Cuide-se.

Denúncia

‌É muito importante que a vítima realize a denúncia. Infelizmente, é muito comum que as mulheres fiquem receosas ou acuadas na hora de fazer o registro, mas é importante que não deixem o medo falar mais alto.

Telefones para contato

Quem presenciar ou for vítima de importunação sexual pode denunciar pelo Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, chamar a Guarda Municipal da sua cidade ou a Polícia Militar, ligando 190.

‌DEAM – Delegacia de Atendimento à Mulher – Cabo Frio Av. Teixeira e Souza, s/nº – São Cristóvão – Cabo Frio. Telefones: (22) 2648-2085 / 2648-2989 / 2648- 9029 / 2648-9378 / 2649-9976 / 2649-7625

‌Em casos de assédio ou importunação sexual, as mulheres podem acionar a Polícia Militar pelos telefones (22) 99732-1879 e (22) 2623-4734. Vale lembrar que, como em todos os dias do ano, a Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal atuará 24 horas. Moradoras e turistas que necessitarem do serviço podem enviar uma mensagem via WhatsApp para o número (22) 99103-2791’

‌Infelizmente o Carnaval traz uma série de preocupações extras para as mulheres. Por mais que sejam medidas desagradáveis, é necessária a compreensão delas para um carnaval mais seguro. É importante lembrar que a culpa nunca é da vítima, portanto, não se sinta acuada nessas situações. Não é não.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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