Por meio das ondas, a empreendedora ajuda mulheres de todas as idades a se empoderar
Maria Belen, de 49 anos, saiu da Argentina e chegou a Búzios pela vontade de morar no Brasil, e se conectou com a península por meio de conhecidos. Empreendedora e fundadora do projeto “Na Onda Delas”, há quatro anos, se dedica a recuperar a autoestima de mulheres adultas de toda a região através do surf. Atualmente, fundou a Associação de Surf Feminina em Búzios. As sereias, como são chamadas as alunas, encontraram no projeto uma forma de enxergar a vida de um jeito diferente. E, apesar das dificuldades que o projeto se encontra como a procura de uma sede, Belen se mantém firme para fazer do esporte uma transformação na vida de cada participante.
Antes dela conquistar o empreendedorismo, já passou pela gastronomia e hotelaria buziana. Foi acreditando no potencial da mulher que ela desenvolveu o projeto “Na Onda Delas”.
“Eu acredito que todas nós nos inspiramos de uma forma ou outra, e a que menos acha que inspira também inspira. Isso é muito importante, eu acredito muito nessa força das mulheres.”, explica ela.
O projeto contempla mulheres de todas as idades, mas Belen pensou, principalmente, na mulher madura que muitas vezes se anula diante dos afazeres do dia a dia. O diferencial do projeto é lembrar da mãe que apenas cuida do filho, da mulher que apenas trabalha ou até mesmo da mulher que perdeu a autoestima ao longo da vida. Por meio do projeto, elas começam a acreditar no potencial que esteve guardado ao longo do tempo.
“Eu sempre digo que toda mulher merece e precisa de uma onda na vida. A onda chega e dá um sacode, te realiza, toda mulher precisa dessa onda para se encontrar.”, comenta ela.
Belen tornou possível a mudança de inúmeras mulheres no projeto, são cerca de 100 alunas inscritas que encontraram conforto e oportunidade de viver novas experiências. Mulheres de todas as idades podem começar a semana com outra perspectiva e se sentindo capazes de encarar novamente as marés baixas da vida.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.