Carolina Werkhaizer é mãe e professora, sociolinguista. Mais uma história da série “Mulheres que inspiram” no mês de março
O mês de março é marcado pelo “Dia Internacional da Mulher”, comemorado no dia 8, data que relembra a luta pelos direitos femininos e levanta debates sobre igualdade e representatividade. Em homenagem à data, a Prensa vai enaltecer mulheres ativistas na Costa do Sol, que contribuem para a sociedade na defesa de diferentes causas.
A homenageada de hoje é Carolina Werkhaizer, professora e militante pelos direitos humanos, conhecida na cidade de Cabo Frio e região pelo trabalho na defesa dos direitos das mulheres e luta contra a violência doméstica e obstétrica.
Carol Werkhaizer é mãe, professora, sociolinguista e já atuou como assessora parlamentar. A militante colaborou por anos com o partido do PSOL, quando ingressou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Durante o movimento estudantil, compôs executivas de Centro Acadêmico e DCE.
Ela também esteve presente na campanha de Marcelo Freixo à prefeitura do Rio e ao lado de companheiras como Marielle Franco, Dani Monteiro, entre muitas outras. A ativista também já coordenou regionalmente campanhas do partido para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e o Congresso Federal, assim como coordena o Setorial Regional de Mulheres do PSOL Lagos.
Na Região dos Lagos, Carolina também já atuou como conselheira municipal dos Direitos da Mulher de Cabo Frio (COMDIM).
“A luta pela igualdade precisa ser de uma consciência coletiva, sempre priorizando os recortes necessários: classe, raça e não só gênero. Precisa ser uma luta interseccional, que reflita de fato as dores, as angústias e a falta de garantias para muitas mulheres. Então, a gente não pode falar sobre feminismo, igualdade de mulheres, enquanto há violência exponencial contra mulheres negras, contra mulheres periféricas, enquanto há mulheres em situação de vulnerabilidade social. Não adianta gente falar sobre o feminismo que seja apenas branco, que continue mantendo privilégios. A gente precisa construir para que essa luta seja coletiva e sirva de inspiração, para que a gente mova as estruturas”.
Carol também teve participação direta na regularização do Hospital da Mulher, em Cabo Frio. O local recebeu, no mês de março, uma certidão de regularidade pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). A unidade é inscrita no Cremerj desde abril de 2004, mas esta é a primeira vez que a unidade está totalmente regularizada junto ao órgão fiscalizador.
O documento indica a comprovação da legalização da unidade em vários requisitos exigidos pelo órgão, como equipes completas com as qualificações exigidas; implantação de comissões de óbito, de verificação de prontuário e de controle de infecção hospitalar (todas elas documentadas), entre outras exigências.
Além das muitas contribuições para a sociedade, Carol também colabora para a trabalhos da Prensa.