Morreu nesta segunda-feira (2), aos 73 anos, o repórter fotográfico Reginaldo Coimbra Silva, conhecido em Búzios como “Brother”. A morte ocorreu após mais de dois meses de internação, em decorrência de um espancamento brutal sofrido no dia 27 de março, no bairro José Gonçalves.
Segundo familiares, Reginaldo não resistiu aos ferimentos provocados pela agressão, atribuída a traficantes da região. O caso gerou comoção entre moradores, jornalistas e autoridades locais, e agora passa a ser oficialmente investigado como homicídio, segundo a Polícia Civil.
Brother era uma figura muito querida na cidade, conhecido por seu trabalho no jornal Primeira Hora, além de sua forte ligação com o universo dos esportes, música e artes. Dono de um olhar sensível e generoso, acompanhava de perto o cotidiano do balneário, registrando com empatia os rostos e as histórias da comunidade.
“Reginaldo era mais que um colega de trabalho — era daqueles que chegavam antes da notícia, com o olhar afiado e o coração aberto. Hoje, o silêncio da cidade pesa mais porque falta o clique dele. Vai fazer falta”, disse o repórter fotográfico Ronald Pantoja, cofundador do jornal O Mexilhão.
A delegada Flávia Monteiro, titular da 127ª Delegacia de Polícia de Búzios, informou que nove pessoas foram presas até o momento, e que o líder do grupo criminoso permanece foragido. Diligências seguem em andamento para localizá-lo.
A trajetória de Brother deixa um legado afetivo e profissional em Búzios — não apenas pela lente, mas pela forma como cultivava vínculos com quem cruzava seu caminho.