Caso reforça a luta dos funcionários que cobram da Petrobras e de órgãos fiscalizadores a adoção de medidas para frear os contágios
O setor petroleiro do norte fluminense perdeu mais um trabalhador pelo contágio da Covid-19. O caso reforça a luta dos funcionários que cobram da Petrobras e de órgãos fiscalizadores a adoção de medidas para evitar a disseminação do vírus na rotina de trabalho.
Nesta terça-feira (13), morreu o funcionário do heliporto do Farol, identificado como Diego Andrade, de 33 anos. Segundo familiares, ele se contaminou no local de trabalho, ficou internado por apenas sete dias e não tinha nenhum tipo de comorbidade. Diego era morador do Parque Santa Rosa, em Guarus.
Diego era funcionário da Omni Taxi Aéreo há dois anos e meio e atuava no balcão da empresa tendo contato direto com centenas de trabalhadores que passam diariamente pelo Heliporto.
A diretoria do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) alerta sobre o risco que é a circulação de pessoas nos aeroportos, vindas de todas as regiões do país. Para embarcar os trabalhadores utilizam os mais variados tipos de meios de transporte pra chegar até os aeroportos.
“A Petrobras tem total capacidade de realizar a testagem de todos e a desinfecção do aeroporto, mas infelizmente insiste em não fazer isso. Com essa atitude, a empresa deixa que trabalhadores que tem contato com pessoas de várias partes do país, se contaminem e circulem com o vírus em nossa cidade”, alerta o Coordenador do Departamento de saúde, Alexandre Vieira.
O Sindipetro-NF encaminhou uma denúncia à Vigilância Epidemiológica de Campos solicitando fiscalização no local e aos órgãos responsáveis. Para a diretoria, a contaminação no Heliporto poderia ser reduzida com a testagem diária dos trabalhadores do Heliporto e a desinfecção do local.
Outra proposta já apresentada pela direção do sindicato à Petrobras é a mudança de escala para quem trabalha embarcado, que reduziria as trocas de turmas de 10 para oito.