Trabalho no Assentamento Osvaldo de Oliveira e do Acampamento Edson Nogueira de Macaé, áreas vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, foi realizado por professoras da UFF em parceria com agentes de saúde do município como medida de combate ao coronavírus
Moradores do Assentamento Osvaldo de Oliveira e do Acampamento Edson Nogueira de Macaé, áreas vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, receberam no início desta semana ações socioeducativas de prevenção e promoção da saúde. O trabalho foi realizado por professoras dos Cursos de Enfermagem e de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Rio das Ostras como medida de combate ao coronavírus. Agentes de Vigilância Epidemiologia e do Programa de Imunizações da Secretaria de Saúde do município foram parceiros da iniciativa.
Segundo Hayda Alves, do Curso de Enfermagem, por se tratar de uma área de reforma agrária com trabalho orgânico e coletivo, os direcionamentos preventivos precisam ser contextualizados. Os assentados e acampados vivem um contexto de distanciamento da cidade, onde a ameaça é maior devido à quantidade de pessoas e a facilidade de circulação do vírus. Mas por se tratar de um território de reforma agrária a base do trabalho deles é coletivo, com um convívio muito próximo, surgiram algumas preocupações em como explicar para essas famílias os cuidados necessários para evitar o coronovírus.
“Antes de ir ao Assentamento e ao Acampamento, o grupo de extensão da universidade e seus parceiros já haviam produzido um vídeo educativo. No audiovisual foi contextualizado a questão do distanciamento social considerando ser uma área de reforma agrária que tem na organicidade a produção agroecológica a partir do trabalho coletivo. Os moradores foram orientados sobre os cuidados básicos de higienização e a importância do isolamento”.
Durante a ação, foram distribuídas luvas, álcool em gel e 140 máscaras de proteção, sendo 10 para crianças pequenas, 30 para crianças maiores e adolescentes e 100 para adultos. Essas máscaras foram confeccionadas por participantes dos programas de extensão da mesma universidade: “Adolescentes e Jovens: participação direitos e saúde” e “Semeando Agroecologia no Campo e na Cidade”.
Segundo a professora Katia Marro, professora do Curso de Serviço Social, as duas áreas juntas contam com, aproximadamente, 159 famílias, com possíveis variações. Ela explicou que objetivo da ação foi reforçar a importância do papel das universidades em promover diálogos e responder às necessidades da sociedade, especialmente neste contexto de crise social e sanitária.
“Este tipo de ação, em parceria com o poder público, trabalhando na garantia de direitos da população tem um valor formativo e social importante. É um compromisso social da Universidade com uma formação profissional socialmente referenciada, ao serviço das necessidades e direitos sociais das pessoas”.
A equipe da Vigilância Epidemiologia e do o Programa de Imunizações da Secretaria de Saúde de Macaé, por meio do programa de extensão “Terra, Saúde e Direitos: extensão popular junto a movimentos sociais”.
Doses da vacina contra a influenza foram aplicadas como parte da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe. Cerca de 70 pessoas que fazem parte do público-alvo, como idosos, portadores de doenças crônicas e crianças, foram imunizadas contra a influenza.