Cortes excessivos teriam ocasionado a morte de várias espécies de árvores, prejudicando a arborização do bairro de Cabo Frio
O bairro do Peró, em Cabo Frio, vem sofrendo, com a poda excessiva das árvores. A afirmação é feita por moradores. A ação em alguns locais, autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente, condenou espécies, prejudicando a arborização do bairro. Eles também questionam o plantio sem manutenção na orla da praia, o que resultou na perda dessas mudas.
A poda ou supressão de árvores só pode ser feita com autorização prévia da Secretaria de Meio Ambiente.
Um plano de arborização para a localidade é reivindicação antiga dos moradores, que têm observado o plantio sem orientação técnica, sendo feito condomínios, comerciantes e até donos de casas de veraneio ou que não participam das discussões da associação de bairro. Na Avenida dos Pescadores e na Rua do Moinho, entre outras, os troncos de árvores chamam a atenção pela aparência.
No Pontal do Peró, o reflorestamento de áreas degradadas (muitas invadidas pelo capim colonião) está sendo feito por moradores e ambientalistas, com mudas doadas pelo Horto Municipal.
Com profundo conhecimento em arborização urbana, o engenheiro florestal Nestor Prado Júnior, que já atuou na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e no INEA, analisou três fotografias de árvores podadas no Peró. Não gostou do que viu:
“Realmente foi uma poda radical. Isso compromete a atividade fotossintética (as raízes das plantas absorvem água e sais minerais e as folhas absorvem luz do sol e gás carbônico, um gás presente no ar. Todos esses componentes são então combinados e geram a glicose, o alimento das plantas) e consequentemente a regeneração das mesmas. Estes cortes também favorecem a ação de fungos, podendo acarretar o apodrecimento do tronco” advertiu Nestor, atual Secretário de Meio Ambiente de Rio das Ostras.
A Prensa entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio, mas até o momento, não tivemos retorno.
Reunião recente
Em recente reunião com o chefe do Parque Estadual da Costa do Sol, Ranieri Ribeiro, moradores e ambientalistas o alertaram sobre a invasão de plantas exóticas, especialmente leucenas e piteiras (agaves americanas) em áreas do parque e fora dele, neste caso sob controle da prefeitura. Estas espécies têm expansão acelerada e comprometem a vegetação natural.