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Modelo de crédito de Maricá começa a colher resultados

A iniciativa pioneira da cidade da Costa do Sol mais próxima da Região Metropolitana influenciou outras cidades fluminenses

No final de maior deste ano , o assessor responsável pela realização dos contratos do Fomenta Maricá Antonio Fedelle e o então secretário de desenvolvimento econômico Igor Sardinha preenchem os primeiros pedidos de crédito

O projeto Fomenta Maricá, modelo de linhas de créditos emergenciais implementados pela Prefeitura de Maricá e a Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), vem se transformando num modelo de sucesso no que tange ao acesso dos empresários aos recursos financeiros. Pioneira na relação com a instituição financeira estatal, a política de financiamento alimentado pelos recursos do Fundo Soberano de Maricá atingirá uma marca importante de R$ 10 milhões disponibilizado em 45 dias.


O grande diferencial do modelo desenvolvido em parceria entre Maricá e a AgeRio se dá nas condições para a liberação do crédito. Outras cidades que implementaram outros modelos encontraram dificuldades em compatibilizar as condições dos bancos e o momento vivido pela classe empresarial. Enquanto no país o percentual de empresas que consegue o crédito é de 20%, o modelo de Maricá vem atingindo um número superior a 75%. Ou seja, as empresas de fato estão conseguindo obter o crédito e ter bons êxitos na manutenção das empresas e dos empregos.

O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha, que pediu licença do cargo para se lançar pré-candidato a prefeito de Macaé, realizou uma live com o prefeito Fabiano Horta onde debateram a questão do combate ao desemprego e a desigualdade social por meio de programas sociais e econômicos.

De acordo com Igor, a política tem que trazer coisas concretas. Então, é possível tomar como exemplo as iniciativas feitas em Maricá e aplica-las em outros municípios. E é esse um dos objetivos do pré-candidato para Macaé.

“Uma das coisas que faltaram a Macaé durante esse combate a pandemia foi um debate paralelo sobre a situação econômica. Um governo municipal tem responsabilidades múltiplas. No combate a COVID-19 não se pode falar apenas de saúde e maneiras de evitar o contágio, é necessário não permitir que a população perca seus empregos, fique na miséria extrema como podemos observar por aí”, comentou Igor Sardinha.

De acordo com números oficiais citados pelo pré-candidato, Macaé possui 31,5% de sua população vivendo com até meio salário mínimo. Ao mesmo tempo, a média salarial da cidade, que está entre as maiores do país, é de 6,4 salários mínimos. Ou seja, isso significa que a desigualdade social no município é alta.

“A pandemia está escancarando isso de uma forma avassaladora. Isso é devido à falta de políticas de proteção ao emprego e a renda da população. Não percebem que a falta de amparo a população e aos micro e pequenos empresários vai dificultar e muito que a economia entre em tração no futuro”, afirmou o ex-secretário de desenvolvimento.

A situação de Macaé não está nada bem, a cidade de janeiro a maio, data que foram disponibilizados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registrou menos 20.586 vagas de trabalho, indicando uma retração de -8,59 nos primeiros 5 meses do ano.

https://prensadebabel.com.br/index.php/2020/07/10/macae-registra-perda-de-20-586-vagas-de-trabalho-nos-primeiros-meses-de-2020/

Outras cidades

Niterói ajusta o projeto Supera/ Divulgação

Niterói usa modelo Maricá em novo pacote econômico

O projeto Supera, desenvolvido pela Prefeitura de Niterói de suporte econômico na cidade mudará seu formato com a contratação da AgeRio. A prefeitura observou o modelo de Maricá e resolveu seguir o exemplo da cidade vizinha.

Paraty conhece modelo e o adapta a sua realidade

Outra cidade que vem propondo ações semelhantes a Maricá é Paraty, na região da Costa Verde. A cidade turística encontra caminhos de sobreviver com o setor turístico sendo o mais afetado pela pandemia no estado.

Búzios sofre sem politicas de amparo as empresas

Sem nenhuma ação de amparo econômico Búzios amarga fechamento de Hotéis, Restaurantes e lojas/ Prensa

A realidade das cidades turísticas do estado do Rio de Janeiro é de caos. Elas sofrem com a pandemia sem ter o apoio concreto para superação desse momento. Sem uma política de financiamento as empresas, de suporte aos empregos e cuidado com os trabalhadores informais, Búzios é o reflexo de um modelo fadado à falência. Com os empregos formais indo pelo ralo, a pergunta que surge é: o que fazer?

Macaé reviu tardiamente a questão do micro crédito após criticas de políticos e empresários

Macaé criou, a principio, um Auxílio Emergencial Pecuniário, uma ajuda de custo para trabalhadores formais e informais no valor de R$ 800 por três meses. Mas, como foi levantado por políticos como o próprio Igor Sardinha e empresários locais, esse benefício não garantia a manutenção dos empregos. Recentemente, com forte influência das medidas adotadas em Maricá, o Executivo municipal enviou para aprovação da Câmara de Vereadores o projeto de lei que visa conceder empréstimo à microempresários, microempresas durante esse período de pandemia do novo coronavírus. Pequenos agricultores e agricultores familiares foram incluídos graças a emenda parlamentar do vereador Marcel silvano.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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