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Mesmo fragilizados, moradores de Petrópolis se tornam voluntários para ajudar vítimas da tragédia

As doações sendo distribuídas para a população. | Imagem: SOS Serra | Reprodução

Catástrofe aflorou empatia dos brasileiros que deixaram a zona de conforto para apoiar àqueles que precisam

A tragédia em Petrópolis provocou enchentes e deslizamentos em vários pontos da cidade. Até a noite desta terça-feira (22), a Defesa Civil contabilizou 183 mortes e 83 pessoas continuam desaparecidas. Em todo o país aflorou a empatia e logo nas primeiras horas da catástrofe, considerada a pior da história da cidade imperial, milhares de pessoas se mobilizaram como voluntários para servir àqueles que tanto precisam neste momento. Entre os voluntários, há pessoas de todas as partes do país, e, principalmente, moradores, que mesmo abalados com toda a situação, não deixam de colaborar com as buscas pelos desaparecidos, com a distribuição de mantimentos e também de partilhar palavras de esperança e força para recomeçar.

A jovem Laisla Jesus, de 21 anos, é moradora de Petrópolis e, quando se deparou com pessoas precisando de ajuda, saiu da zona de conforto.

“Eu senti esse desejo de fazer algo. Me incomoda pensar em estar parada ou de não ajudar ninguém, principalmente porque moro aqui. Tem sido gratificante ajudar as pessoas e saber que o pouquinho que estou fazendo pode estar mudando a vida de algumas pessoas”, conta Laisla.

A universitária disse que se sentiu incomodada ao ver a situação do município e, junto com uma colega, foi para rua procurar locais que estavam precisando de voluntários.

“Fomos até o ponto mais afetado e conseguimos conversar com um bombeiro e oferecer ajuda. Ele nos falou para ajudar as pessoas que chegavam com doações e que estavam perdidas. No fim da tarde, encontramos uma picape que estava levando doação para locais de apoio e subimos nela para ir até o local, e ajudamos a distribuir também”, explica ela.

Gabriel Monteiro,de 25 anos, também deixou sua casa para se unir ao grupo de ajudantes.

“Ser voluntário deixou de ser uma opção e passou a ser o mínimo a partir do primeiro dia, depois que vi como tantas pessoas perderam tudo. Ficou impossível estar em casa e não pensar na minha cidade, nas pessoas perdidas e em quem precisa de ajuda. Por isso, a única resposta era levantar e sair para ajudar”, comentou Gabriel.

Gabriel relatou que a cidade passa por uma situação muito difícil com muitas pessoas desabrigadas e desaparecidas; e os bairros se encontram isolados ou desocupados. Segundo ele, é difícil reconhecer os locais por onde a população viveu por anos e caminhou com tranquilidade. “Acredito que devagarinho, com muita ajuda, vamos aliviando a dor e o medo que todo petropolitano tem sentido desde então”, explica ele.

Voltou a chover forte na tarde desta terça-feira e mesmo na chuva os voluntários não pararam. Eles estão por toda a cidade, seja distribuindo doações, separando alimentos, água, entre outros. São pessoas comuns, como estudantes, trabalhadores, moradores que estão dispostas a ajudar os mais vulneráveis neste momento. Além de entregarem os itens materiais e serviço, oferecem palavras de conforto para quem perdeu um ente querido ou bens.

SOS Petrópolis

O SOS Serra é uma ONG que apoia famílias em situação de vulnerabilidade desde abril de 2021. E um dos movimentos que está de frente ajudando quem precisa. As doações podem ser realizadas por meio de PIX pela chave (24) 9.9303.8885, ou pela conta bancária, agência Itaú 6141, pela conta corrente 99839-0, CNPJ de número 43.307.192/0001-96.

Outros pontos de coleta são: O Shopping Itaipava, na Estrada União e Indústria, n° 10341, em Itaipava; Arteira Plantas e Jardins, na Estrada União e Indústria, n° 11421, em Itaipava; Clube Campestre Nogueira, na Rua Argentina, n° 641, em Nogueira; Colégio Pensi, na Avenida Koeller, n° 130, no Centro.

Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.

Noticiário das Caravelas

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

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