A semana se inicia e mais uma complicação com servidores municipais acontece em Búzios. Desta vez, é a paralisação das merendeiras concursadas do município. Uma reunião com a classe aconteceu nesta segunda-feira (19), pela manhã em frente a Prefeitura. Além do prédio da Prefeitura, as manifestantes chamaram atenção fechando a Estrada da Usina.
Na reunião, um dos líderes ficou incomodado com alguns pontos e soltou que “ficou muito claro que a inteligência das merendeiras foi subestimada e as justificativas do governo para que elas prestem serviço para a empresa terceirizada não convenceram a maioria. Como acreditar que o que a empresa economizará, usando a mão de obra das merendeiras efetivas, retornará aos cofres públicos? Uma vez feita a licitação, não é possível alterar o que foi licitado. Foi dito que o município cogitou a criação do cargo inspetor de alunos 2, mas desistiu porque as merendeiras não tem nível de escolaridade suficiente para mudar de função (segundo o governo)”, denuncia.
A empresa que ganhou a licitação já está atuando nas escolas, apesar das merendeiras só terem tomado ciência disso nesta segunda-feira (19). Vale lembrar que Armação dos Búzios terceirizou a merenda escolar recentemente e o valor licitado se aproxima de R$ 6 milhões, esse valor inclui a contratação de mão de obra, a manutenção das cozinhas, o fornecimento de gêneros alimentícios, equipamentos e maquinário.
“Fizemos o concurso sabendo perfeitamente sobre as nossas funções, foi uma escolha, sim. Desempenhamos a nossa profissão todos esses anos com muito carinho, muita qualidade e responsabilidade doando ao município o nosso profissionalismo e muitas das vezes a nossa saúde”, disse, em trecho de nota, o movimento das merendeiras.
A função continua é importante, sem merenda não tem aula, segundo as merendeiras. São responsáveis e se envolvem afetivamente com as crianças, trabalham com amor porque por dinheiro não valeria a pena, como elas mesmo dizem. “Fazemos todo o sacrifício, fazemos mágica. Trabalhando por muitas vezes sem condições nenhuma de saúde e de estrutura para que não falte o alimento para crianças que, na maioria das vezes, só tem no dia inteiro o que é servido na escola” alerta.
O Prensa entrou em contato com a Prefeitura Municipal, através da Comunicação e a até o momento não obteve resposta.