No último dia 4 de março, a cabofriense Gabrielle Biral Valadão dos Santos, de 12 anos, morreu no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro com uma meningite viral. Segundo os registros de ocorrência feito na 126ª DP (Cabo Frio), a doença foi detectada em exame realizado no Hospital São José Operário, em Cabo Frio, no dia 26 de fevereiro. Entretanto, os médicos teriam dito que o exame havia dado negativo, chegando a informar que Gabrielle tinha sintomas de dor de cabeça. Na UPA foi diagnosticado que a menina tinha meningite.
A criança, foi a upa de São Pedro da Aldeia com o sintoma dor de cabeça. Foi atendida por 3 vezes antes de vir para Cabo Frio. Após diagnóstico foi internada e, em seguida, eEla foi transferida para a ala infantil do Hospital da Mulher, onde passou por mais uma bateria de exames. No domingo (3 de março), porém, teve parada cardíaca e convulsão, sendo necessária a transferência para o Hospital da Lagoa, no Rio. Ainda segundo o registro de ocorrência, foi informado que “o hospital não possuía ambulância adequada e não seria possível encaminhá-la para o Hospital da Lagoa no momento, devendo aguardar a disponibilidade da ambulância dos bombeiros ou procurar algum político influente para pedir uma ambulância dos bombeiros”.
Os familiares conseguiram uma ambulância de clínica particular, que chegou às 21h. Com a ajuda de conhecidos, também conseguiram uma ambulância da prefeitura equipada com UTI móvel. Eles foram informados de que “não havia qualquer solicitação de ambulância por parte do hospital”. Gabrielle seguiu para o Rio de Janeiro com a ambulância da Prefeitura. Foi internada às 2h do dia 4 de março. No momento da chegada, a equipe do Hospital da Lagoa constatou a morte cerebral.
De acordo com o registro de ocorrência, os médicos informaram à família que o motivo da morte seria em decorrência de meningite viral que foi constatada no exame realizado no dia 26 de fevereiro.
Prefeitura responde
De acordo com a Secretaria de Saúde “a menor deu entrada no Hospital da Criança no último dia 27, vindo transferida da Upa, onde já havia sido avaliada por um Neurologista e um Oftalmologista e passado por punção lombar e Tomografia de crânio”. Disse ainda que ao chegar na unidade, ela apresentava um quadro de cefaléia há cerca de 30 dias, mas mesmo assim, apresentava um bom estado geral, não apresentando febre ou vômito. Durante todos os dias a menor foi assistida por um Neurologista e no dia 1/3, por conta da cefaléia não ceder, foi iniciado um tratamento com antirretroviral.
Ainda segundo a Saúde no dia 2/3 foi feita uma ressonância e houve piora do quadro clínico, “o que fez com que fosse solicitada uma vaga em UTI pediátrica através da Central de Vagas do Estado. No dia seguinte a vaga só foi liberada por volta das 15h45. Mas é importante ressaltar que a todo momento ela estava sendo assistida pela equipe médica. O Grupo de Socorro de Emergência foi acionado para solicitação de transporte para o Hospital da Lagoa, no Rio e a mesma foi transportada de forma adequada”, disse em nota.
A Secretaria ainda diz lamentar o falecimento da menor e se coloca à disposição para qualquer esclarecimento.
(*)Contém algumas informações da Folha dos Lagos