Município vem tentando ganhar autorização para importar a vacina russa Sputnik V há alguns meses. Segundo a Prefeitura, o deferimento foi feito de forma parcial
Com o andamento do processo de importação da vacina russa Sputnik V para reforço das imunizações contra a Covid-19, a Prefeitura de Maricá anunciou, nesta sexta-feira (4), que a 4ª Vara Federal de Niterói acolheu o pedido para autorizar o processo.
De acordo com o órgão, o deferimento foi feito de forma parcial para a tutela antecipada antecedente então apresentada. Com isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) deverá emitir a autorização de importação em 72h, sob pena de multa, viabilizando o início dos trâmites burocráticos necessários ao ingresso do imunizante no Brasil.
Segundo o anúncio feito pela gestão municipal, “ainda faltam alguns passos importantes” pra vacina chegar à cidade. Em nota, a Prefeitura informou que apesar da autorização, o trâmite para a importação ainda depende de outros processos internos junto à Anvisa.
O município vem tentando esta autorização há alguns meses. A decisão da Anvisa desfavorável ao primeiro pedido foi proferida no dia 24 de abril. Com isso, a Prefeitura de Maricá, por meio do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) protocolou, na última terça-feira (1) um novo pedido de liberação para importação do imunizante junto à agência regulamentadora, para trazer ao município um total de 500 mil doses.
O principal argumento da agência para a negativa foi a acusação de que a vacina russa usa os chamados adenovírus (vírus inofensivos) sem garantia de que estes não possam se replicar dentro do organismo humano.
De acordo com instituto, a diferença em relação à primeira demanda, que foi negada há pouco mais de um mês, é a apresentação de planos de farmacovigilância e de contingência contra possíveis problemas na aplicação, obedecendo a critérios de verificação de segurança.
