O sistema de marcação foi modificado, segundo uma funcionária do local, para atender à orientação da Secretaria de Saúde que optou pelo que chama de ‘demanda espontânea’, entenda
Os moradores de Geribá em Búzios tem passado por mais um teste de paciência durante a marcação de consultas na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, recém-inaugurada. A quantidade reduzida ou nula para algumas especialidades, como ginecologia e pediatria tem sido uma constante. O programa estratégia da família, com visitas às residências, ainda não foi implementado, além disso, os pacientes não recebem atendimento no local, tendo que se deslocar à policlínica para consulta.
A equipe da Prensa tem recebido diversas reclamações e nesta segunda-feira (17), constatou a realidade da unidade de saúde. Os atendimentos ocorriam de forma organizada até 15 dias atrás, com especialidades por dia, conforme mostra a foto abaixo, enviada por um leitor, mas o esquema foi alterado sem nenhuma comunicação.
A mudança no formato de marcação foi informando por uma funcionária no local, que explicou que ‘de agora em diante esse era o procedimento, no formato de ‘demanda espontânea’, e que era essa a recomendação da Secretaria de Saúde”. Na prática, esse atendimento ocorre da seguinte forma, o morador vai à unidade e pode marcar a especialidade que estiver disponível no sistema. O problema, é que dificilmente existem vagas disponíveis e as duas especialidades mais procuradas, ginecologia e pediatria, simplesmente não tem data provável para marcação.
O programa estratégia da família, responsável por expandir e consolidar a atenção básica para até 4 mil usuários, por equipe, ao redor da unidade, conforme orientação do Ministério da Saúde, não é oferecido. A comunidade que foi uma das últimas a ser contemplada com o equipamento, que é uma realidade consolidada na maioria dos bairros do município.
Ao que parece, a UBS de Geribá tão aguardada pelos moradores do bairro, é mais um prédio de saúde bem construído, mas carente de profissionais.
A Prensa questionou a Secretaria de Comunicação e o secretário de Saúde para confirmar a informação fornecida pela servidora, o motivo de não haver marcação para especialidades mais procuradas, a ausência do programa estratégia de família na unidade e ainda sobre como funciona, na prática esse novo formato, mas, como de praxe, não obteve resposta.