Ecossistema raro descrito por muitos como um “sonho” corre risco de extinção e tira o sono dos que reconhecem sua importância para o mundo
O Mangue de Pedras, na praia Gorda em Búzios, é um ecossistema raro que corre risco extremo de extinção caso não haja intervenções para proteção do local. Entre tantos problemas está o furto de pedras originárias do mangue. A retirada desses elementos pode causar desequilíbrios e gerar consequências negativas definitivas à manutenção deste pequeno santuário de fauna e flora, que ainda carrega consigo forte valor cultural e histórico junto à comunidade quilombola da Rasa.
A ação de retirada de pedras, como explica Maria Elena Olivares, colaboradora da Associação Brasileira do Combate ao Lixo do Mar, é apenas um dos problemas que abrange o lugar. Em conversa com a Prensa, ela comentou que os problemas do Mangue são “infinitos”, como o esgoto, e explica que “as fossas das casas vão diretamente para o Mangue por meio do lençol freático afetando todo o ecossistema”, o lixo marinho também é um dos problemas que atingem o mangue.
Para a proteção do mangue a única garantia municipal existente é o decreto de novembro de 2018 que criou a Área de Preservação Ambiental (APA), explica Augusto Pascoal, educador social no projeto Núcleo de Educação Ambiental da Região da Bacia de Campos (NEA-BC).
Uma reivindicação antiga para o local é a construção de uma Guarita para Guardas Municipais Ambientais e a criação do Plano de Manejo do Mangue. Na terça (9), durante a sessão da Câmara Municipal, o vereador Niltinho de Beloca apresentou uma indicação para atender as duas demandas. Para a colocação da guarita depende que o prefeito Alexandre Martins acate o pedido. O plano de manejo precisa ser realizado pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente com larga participação popular, criando instruções para orientar os visitantes e pescadores e marcar áreas que serão objetos de estudos.
Mais informações sobre a APA e demais tipos de unidades de conservação podem ser encontradas no Sistema de Unidades de Conservação (SNUC).
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Débora Evelin.