Prefeitura citou bairro Caravelas como sede da construção, mas na verdade o nome do residencial que se chama Caravelle Stilus
A Prefeitura de Armação dos Búzios divulgou na semana passada uma parceria com a Qualitty Tecnologia e Serviços, empresa que vai construir um empreendimento no balneário. O foco do material era a geração de 300 empregos diretos e indiretos para valorização da mão de obra local. Mas um mal-entendido na localização do terreno deixou a população intrigada.
O texto enviado pela Prefeitura cita a construção das 100 residências no bairro Caravelas, que tem grande parte da área protegida por ser uma Unidade de Conservação e abrigar a APA Pau Brasil. Mas na verdade o empreendimento será na localidade de Bahia Formosa e se chama Residencial Caravelle Stilus. Essa dúvida foi sanada pela própria empresa que enviou uma nota de esclarecimento.
A Prensa chegou a divulgar o material, e, após a publicação do material, diversas pessoas entraram em contato pedindo a localização exata do empreendimento para verificar um possível crime ambiental. Imediatamente começou-se a apuração para verificar o endereço do terreno em parceria com Instituto Ecológico Búzios Mata Atlântica (IEBMA).
Na sexta-feira (13), a prefeitura foi procurada e informou que iria apurar o caso. Até terça-feira (17) ainda não havia detectado o problema. Procurado pela Prensa, o secretário de Meio Ambiente, Pesca e Urbanismo, Eranildo Cardoso, informou que o setor não havia sido procurado pela empresa, que não tinha conhecimento da área e que nenhum processo de licenciamento ambiental e urbanístico foi aberto. Explicou que nessa primeira reunião, a empresa falou da intenção de construir o empreendimento favorecendo a mão de obra local.
“Todo o procedimento de licenciamento há de acontecer dentro das suas vias legais e observações técnicas que um empreendimento desse porte precisa”, explicou o secretário.
Na página oficial da Prefeitura no Facebook também houve comentários questionando o local da obra:
“Não entendi uma ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL com 300 homens trabalhando? É para o crime AMBIENTAL ocorrer mais rápido? ”, perguntou uma internauta.
“Está me parecendo crime ambiental”, disse outra internauta marcando uma pessoa, que destacou a necessidade de saber onde serão as obras.
Agora com a problemática solucionada, a população fica mais tranquila, mas de olho em todos os passos dessa e de outras construções no balneário.