As mulheres se mobilizaram nas redes sociais contra Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, usando a hashtag #EleNão. O movimento começou na quinta-feira, 13/9, e ganhou força durante este fim de semana, após o grupo fechado “Mulheres Contra Bolsonaro” no Facebook ser hackeado no sábado, 15/9, e ter seu nome modificado para “Mulheres Com Bolsonaro”. Desde então, milhares de pessoas têm se posicionado nas redes sociais contra o Deputado Federal.
Para medir o impacto destes protestos no Twitter, a Scup, ferramenta de monitoramento de redes sociais do grupo Sprinklr, acompanhou a hashtag #EleNão entre os dias 14/9 e 17/9, e coletou mais de 90 mil menções sobre o assunto. Um terço das menções coletadas pela ferramenta eram relacionadas às atitudes machistas do candidato Jair Bolsonaro, mas questões como saúde, racismo e homofobia também foram expressivas no movimento. Temas como corrupção, educação, segurança e preconceito contra indígenas também foram citados pelos usuários como motivo para não apoiarem o candidato conservador.
Grandes nomes da mídia, como a candidata à vice-presidência Manuela d’Ávila, os cantores Caetano Veloso, Iza e Pitty e as atrizes Patrícia Pillar e Fabíula Nascimento, também participaram do movimento emitindo as suas opiniões em tweets com a hastag monitorada.
Além das justificativas com relação ao desempenho de Jair Bolsonaro como Deputado Federal, muitos usuários participaram do movimento #EleNão falando de moral, o que fez com que a palavra fosse classificada negativamente pela Scup.
Os termos política, ódio, contra e a própria hashtag #EleNão também foram classificados negativamente, enquanto a hashtag #EleNunca e o perfil @ManuelaDavila foram tratados em menções com o tom positivo.
A ferramenta analisa os tweets de forma automática e classifica os termos em positivo, negativo e neutro conforme seu uso pelos usuários. A maioria dos tweets coletados pelo monitoramento da ferramenta Scup Social foi considerado neutro (40,88%). Os negativos somaram 31,41% e os positivos, 27,71%.
Ainda de acordo com a Scup, além da hashtag principal, outras expressões como #EleNunca e #MulheresUnidasContraBolsonaro também ganharam destaque e estiveram nos Trending Topics Brasil e mundial durante o fim de semana. Também apareceram com frequência no monitoramento as hashtags #MulheresContraBolsonaro, #MulheresContraOFascismo e #JuntasSomosMaisFortes.
Sobre a Scup
Criada em 2009 e com mais de 400 clientes em seu portfólio, a Scup monitora as interações nas redes sociais para ajudar as empresas a se comunicarem com seu público e descobrir as suas necessidades. Com todas as atividades de social centralizadas em uma única plataforma e um relatório com comentários sobre a marca e interações, é possível acompanhar o desempenho de ações digitais e identificar novas oportunidades para ações personalizadas de marketing, aumento de vendas e oportunidades de negócios