Mais de 400 professores tiveram seus contratos reincididos em Búzios, na Região dos Lagos do Rio nesta sexta-feira (3). A notícia assustadora foi dada pela própria Prefeitura, por meio de nota publicada na página do Facebook, onde também alega que, seguindo a linha de outras cidades da região, essa é apenas uma das medidas que serão adotadas no município para adequar os gastos públicos com pessoal.
A justifica do Governo de Búzios é que a arrecadação própria está comprometida e se baseou na medida provisória 936/2020 , publicada pelo presidente Jair Bolsonaro no Diário Oficial União, na noite da última quarta-feira, 1º de abril (bem que poderia ser mentira).
A Prefeitura afirma ainda que “a medida será revista tão logo as aulas retornem”, mas não há previsão do retorno até o fim do perigo de contágio da pandemia de COVID-19 (coronavírus). Os alunos da rede pública estão tendo aulas a distância desde o dia 16 de março.
“Então, quando o governo propôs ensino a distância a primeira coisa que nos veio em mente no sindicato foi a demissão dos contratados, uma vez que, se o professor alimenta a plataforma, um único de português, por exemplo, poderá atender a todos os alunos de um segmento. Com isso, os demais são dispensados.”, reflete a direção do Sindicato dos Professores (SEPE-Lagos).
A Prensa fez contato com um grupo de professores que já receberam a notícia e se declararam desesperados.
“Foi uma medida desumana, e que põe em risco o próprio comércio da cidade. Mais gente com menos recurso para consumir. Nesse momento de medo e insegurança mundial, demitir pessoas que sempre foram compromissadas com o crescimento do município é uma violência escancarada.”, é o consenso.
O Sepe-Lagos afirma que vão mobilizar a sociedade para repudiar a ação do Governo de Búzios.