Diante da pandemia de coronavírus moradores contam que transtorno de quase um mês sem água se transformou em medo da morte
Mais de 100 pessoas que moram na Rua Tatagiba, na comunidade da Malvinas, em Macaé, denunciam que estão sem água há cerca de um mês, e que diante do acelerado avanço da pandemia de coronavírus o transtorno se transformou em medo. O principal meio de prevenção à doença é, além do isolamento social, a higienização constante das mãos e do ambiente.
A rua fica na segunda travessa da comunidade e, de acordo com os moradores, a água chega por uma ligação adaptada da rede, que foi custeada pelos próprios moradores há muitos anos porque o abastecimento oficial não chega até o local. “A CEDAE tem ciência dessa ligação, que é muito antiga. Tenho certeza que a maioria dos moradores prefeririam pagar a taxa de água para não passar por esse problema”, disse uma das moradoras, que mora há 30 anos na Malvinas, que, assim como os outros, prefere não se identificar.
Relatam que sofrem com falta de água sempre no verão e que não entendem porque está faltando água nesse período. “E logo agora com essa epidemia”, se perguntam.
Grande parte dos moradores é formada por idosos sem condições financeiras para custear “pipas d’água”, imprescindível para banho, lavar alimentos, roupas, e cozinhar.
Por decreto estadual estão proibidos os cortes de água e energia por falta de pagamento devido ao isolamento social. Em resposta aos questionamentos da Prensa a Cedae se limitou a responder que uma “equipe irá ao local em até 24h” e pediu para informar números de imóveis ou matrículas para que técnicos possam vistoriar pontualmente caso a caso.