Vereador solicita, inclusive, que o governo crie um diário oficial para suas publicações
Em Macaé, o vereador Marcel Silvano (PT) levantou a questão, que está se tornando um onda por todo o interior fluminense, sobre a relação no minimo desconfortável entre Poder Público e Imprensa diante do fato das publicações oficiais s erem feitas em jornais privados (uma prática permitida por lei em diversas cidades do país).
“A relação da prefeitura de Macaé com os jornais da cidade, historicamente não são transparentes. Como comunicador, defensor da transparência, liberdade de imprensa e comunicação democrática, eu trago mais uma vez, para a Câmara de Macaé, o debate sobre a relação institucional do governo com os veículos impressos da cidade.”, disse Marcel.
O plenário aprovou na semana passada, o Requerimento de Marcel que solicita informações ao Executivo, sobre os gastos com publicações oficiais nesses veículos. O vereador ainda cobrou, que o governo crie um Diário Oficial do Município, com circulação impressa e digital.
“Os valores por ano são enormes: cerca de um milhão de reais por ano para os jornais. Isso historicamente interfere numa cidade como a nossa, na maneira como é feita a comunicação na cidade, como as notícias são construídas: quem paga a banda escolhe o repertório. Isso é ruim para a democracia, para a sociedade que precisa ter comunicação democrática e transparente”, justificou Marcel.
Segundo Marcel, é bem expressiva a opinião dos jornais, o que segundo ele é confundido com a liberdade de expressão. E o que ocorre, na verdade é uma opinião vendida. De acordo com ele, o requerimento vem ajudar, inclusive, ao mandato elaborar um projeto de lei que encontre uma saída para valorizar e reconhecer a importância do profissional de comunicação.
O Diário Oficial vai gerar economia aos cofres públicos
Outro ponto que dialoga com isso, segundo Marcel, a criação de um Diário Oficial vai de encontro à economia, num momento de corte de custos. Ele lembra que Macaé já teve um Diário Oficial impresso, e o eletrônico é ainda mais barato.
“Que Macaé siga exemplos como Rio das Ostras e Conceição de Macabu, que já têm um Diário Oficial. Até São João da Barra, que está se se desenvolvendo por conta do Porto do Açu, todas as publicações oficiais estão na internet e não tem jornal recebendo dinheiro público”, exemplificou.
Hoje em Macaé os atos oficiais são publicados pelo jornal Diário da Costa do Sol.
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