O prefeito de Macaé, Dr. Aluizio Jr, realizou nesta quinta-feira (20), a segunda reunião da comissão que elabora o protocolo oficial a ser seguido pelas escolas quando as aulas retornarem. Desta vez houve a participação do promotor do Ministério Público, Bruno Cavaco.
Representando a Gerência de Vigilância em Saúde, Daniela Bastos apresentou proposta de protocolo elaborada consolidando as informações enviadas por todos os componentes da comissão. Um outro encontro foi marcado para a próxima quinta-feira (27) para discutir os critérios técnicos que definirão qual será o coeficiente chamado R (reprodução do vírus) a ser adotado em Macaé. Só após atingir esse índice que o município poderá marcar a volta às aulas, seja este ano ou em 2021.
O prefeito garantiu que, independente da data, tanto a rede pública quanto a particular retornarão juntas de forma gradual, por segmento, usando o sistema híbrido, conforme está no Plano de Retomada do município. A portaria que cria a comissão será publicada no Diário Oficial de Macaé.
Todas as decisões estão sendo analisadas de forma compartilhada.
“Definir o R, atingir o R, depois ver o quando e como. Todas as questões, considerando não causar danos a ninguém”, ressaltou o prefeito.
Para entender como o vírus vem se propagando em situação de pandemia em uma cidade ou estado, existe um parâmetro que avalia a possibilidade de transmissão entre a população. Trata-se de um coeficiente chamado R, que serve para determinar o potencial de propagação de um vírus. Números maiores que 1 indicam taxa de transmissão em que os casos tendem a aumentar. O contrário ocorre quando esse número é menor que 1. A Fiocruz recomenda que seja menor que 1, sendo ideal 0,5. Atualmente o R em Macaé é de 0,87.
De posse desse número, as autoridades de saúde conseguem estabelecer a medida da intensidade das intervenções necessárias para o controle da pandemia. São vários os modelos de aplicação matemática para se obter o coeficiente R, dependendo das variáveis e da situação epidemiológica que se quer investigar.
Na próxima reunião os integrantes da comissão, que fazem parte da Secretaria de Saúde, irão apresentar o coeficiente ideal para Macaé.
Não há previsão nem definição quanto a volta as aulas. No entanto a comissão tem o objetivo de discutir os riscos e benefícios que envolverão cerca de cem mil pessoas, seja quando for o retorno.
Na proposta apresentada por Daniela Bastos constavam várias diretrizes e questões a serem consideradas para o retorno e um cronograma.
“A volta às aulas deverá ser diferente em cada estado e em cada cidade. Vai depender de como estão os indicadores de transmissão, internações e leitos de unidades de terapia intensiva (UTI). Somos gestores e temos que pensar ouvindo todos os envolvidos sempre considerando os pilares: não ser nocivo, riscos/benefícios, quando/como e consenso de todos. As decisões precisam ser muito bem pensadas”, destacou Dr. Aluizio.
Além do prefeito, participaram da reunião o presidente da Comissão de Educação na Câmara de Vereadores, Guto Garcia; o presidente do Conselho Municipal de Educação, Bruno Py; representante das diretoras das escolas municipais, Geisa Morgado; a diretora do Sindicato das Escolas Particulares de Macaé e da Casinha Feliz CEMAC, Mariza Curvelo; representante das creches particulares, Denise Mendes; representante de pais de alunos da rede pública, Tiago Umbelino.
O promotor Bruno Cavaco ouviu a proposta apresentada e reafirmou a parceria entre os órgãos em prol do bem comum. Para o presidente da Comissão de Educação na Câmara de Vereadores, Guto Garcia, é hora de todas as unidades escolares se planejarem no que tange a aquisição de materiais de higiene, limpeza e EPIs, que serão necessários quando ocorrer o retorno, seja este ano ou em 2021″.