De 20 de setembro a 23 de outubro, Macaé recebe o 1º Circuito Macaense de Cinema Independente, que vai exibir 13 produções entre documentários e ficções em escolas, universidades e espaços públicos. Segundo os organizadores, Alice Tavares e Marcelo Fonseca, o objetivo é colocar na tela grande histórias que nasceram da própria cidade, com destaque para narrativas sobre memória, identidade e vivências de migrantes, mulheres, população negra, periférica e LGBT.
De acordo com Alice, o circuito cumpre papel fundamental de difusão e valorização das produções locais. “Muitos dos filmes foram produzidos em comunidades periféricas e tratam de temas diretamente ligados à vida da população. Levar as exibições a esses espaços é uma forma de devolutiva e de fortalecimento do pertencimento”, afirmou.
Marcelo destacou que o evento também reúne obras realizadas com recursos da Lei Paulo Gustavo. “Reunir as produções em um único evento é uma forma de dar visibilidade, democratizar o acesso e fortalecer o cinema local em conjunto”, explicou.
A programação conta com mais de 30 sessões gratuitas em locais como Parque Aeroporto, Nupem, UFRJ, IFF e CIEP Maringá. Entre os filmes estão A Primeira Advogada do Brasil, que retrata Myrthes Gomes de Campos, pioneira da advocacia feminina; Memórias Perdidas no Canal, sobre o Canal Campos-Macaé; e Outro Lado da Ponte, que aborda as vivências de migrantes do Parque Aeroporto.
Além das exibições, o circuito prevê rodas de conversa e debates, com destaque para a participação na 10ª EXPOCIT do IFF Macaé, onde professores, estudantes e público poderão discutir as obras.