De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ESP), de 2014 a 2017 chega a 624 o número de professores que procuraram a polícia civil para denunciar ameaças em escolas do estado do Rio de Janeiro. Um professor ameaçado a cada três dias, em cada 25% dos casos o autor das ameaças é o aluno e 75% dos professores que sofrem as ameças são mulheres.
Em todo o estado 227 casos registrados no Grande Rio, seguido de 29 casos em São Gonçalo, na região metropolitana, 28 casos em Duque de Caxias e 24 em Nova Iguaçu, ambas na Baixada Fluminense. Mas o interior do estado surpreende, Campos dos Goytacazes, na Região Norte, registrou 10 casos, seguidos de 11 casos em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e surpreendentes 15 casos em Macaé, Região Norte.
Cabo Frio ficou a apenas um caso atrás de Queimados. Macaé tem mais casos que Niterói e Magé.
Sobre os números alarmantes apresentados por Macaé, o vereador Marcel Silvanos (PT), opina que o problema deve ser debatido com profissionais, como gestores e pedagogos. Para ele estes números demonstram que é preciso discutir seriamente educação, não apenas como processo de letramento, mas também discutir diretamente a violência como resultado também do preconceito e da desigualdade.
“Tentei colaborar com esse debate em Macaé, quando discutimos o Plano Municipal de Educação. Mas, infelizmente, não houve espaço para pensar escolas que colaborassem na construção dessa outra realidade para os próximos 10 anos. O debate foi reduzido ao preconceito fantasiado de combate a uma inexistente ‘ideologia de gênero’.
As informações do ESP foram publicadas primeiramente no Jornal O Globo do último domingo (16).