A luta pela educação de Búzios continua e prossegue firme por parte de toda a comunidade. Há semanas professores, alunos e pais estão “brigando” para que o Ensino Médio no Colégio Municipal Paulo Freire não acabe. Nos últimos quinze dias manifestações, passeatas, reuniões, audiência pública e até a ocupação da Prefeitura foram feitos. O ano letivo se aproxima e mais um ato está sendo planejado.
Desta vez professores organizam uma ocupação à unidade escolar a partir do próximo dia 20, caso a prefeitura não volte atrás na decisão, tomada na segunda quinzena de janeiro, de encerrar as turmas noturnas. Na última segunda-feira (5), por unanimidade, os educadores se manifestaram contrários ao encerramento das atividades.
Uma das principais críticas feitas pelos profissionais da Educação está na falta de diálogo do prefeito André Granado (PMDB) com a comunidade escolar. Ele não compareceu até mesmo a um encontro marcado com o Ministério Público para tratar do assunto. A situação se estende ao Instituto de Educação e Formação Integral Judite Gonçalves (Inefi), que fica na Rasa.
Segundo Denize Alvarenga, que representa o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) no Conselho Municipal de Educação, o governo agiu na surdina após sinalizar que manteria as turmas de Ensino Médio para este ano. “Na segunda quinzena de janeiro, a Secretaria de Educação chamou a direção numa reunião de diretores para avisar que não teria mais o ensino médio noturno. A comunidade tentou se mobilizar, mas foi ignorada. Agora a secretaria revogou a portaria de matrículas e em vez de revogar o artigo que tratava do Ensino Médio, revogou a portaria inteira. Isso quer dizer que hoje não há matrículas no município de Búzios porque não foi reeditada uma nova portaria de matrículas”, disse Denize.
A solução anunciada pela prefeitura foi a transferência dos alunos do turno da noite do Paulo Freire para o Colégio Estadual João Oliveira Botas, no Centro de Búzios. O município chegou a entrar com uma ação para que o Estado assuma o Ensino Médio, mas o governo estadual já sinalizou que não tem condições de ficar com as turmas. A alternativa também desagrada à comunidade escolar.
“A gente entende que o município tem que vir conversar com a comunidade para ver como é que vai ser a questão do Ensino Médio a longo prazo, mas assim, à revelia, no golpe, não”, afirmou Denize.
O Prensa entrou em contato diversas vezes com a Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios e até o momento ninguém respondeu. O Prensa sempre ouviu os “lados” e apoia um jornalismo imparcial, correto e deixa o espaço aberto para a resposta de todos!