O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi comemorado nesta segunda-feira (21). Palestras e debates questionam a acessibilidade
Nesta segunda-feira (21), o Brasil comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Criado com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão destas pessoas na sociedade, a data é um marco para pessoas que precisam enfrentar problemas de acessibilidade, por conta da falta de preparo das cidades.
O dia em questão se firmou como uma conquista do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes, grupo que debate propostas de transformações sociais desde 1979, combatendo o preconceito e a inacessibilidade pública. A data é instituída pela Lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005.
Neste dia, é comum ver palestras e debates promovidos em várias cidades do país para dar ênfase à luta e aos direitos das Pessoas com Deficiência (PcD) e questionar se as políticas públicas realmente atendem estes cidadãos.
O light designer Ari Collati é um ativista da causa e enfrenta a Síndrome Pós Pólio, que causa uma desordem no sistema nervoso das pessoas tiveram poliomielite. Em entrevista à Prensa, Ari comenta sobre a falta de inclusão de PcD em diferentes setores da sociedade, sobretudo no mercado de trabalho.
“Apesar da convenção da ONU para Pessoas com Deficiência e a lei que garante as cotas, ainda nos falta muito. Por exemplo: quantos PcDs trabalham nas prefeituras? Pois é, não tem nem registro sobre. É importante que os municípios tenham um censo de quantos PcDs e de quais patologias são, pois com esses dados se podem fazer projetos e dotar verbas para tal”.
Ari também ressalta que, além dos moradores, a Região dos Lagos recebe turistas de todo o mundo e questiona se este setor oferece o devido acesso à estas PcD.
“O nome acessibilidade dá medo ao empresário e ao gestor, pois eles acham que vai implicar em custos, e isso é um erro, porque, investir em acessibilidade dá retorno financeiro ao município. Temos uma grande quantidade de idosos e PcDs que vivem e vem nos visitar, mas falta acesso no transporte, pousadas, restaurantes e até nos banheiros. Cabe à prefeitura e as Associações Comerciais a fazerem sua parte, pois nem normas ABNT, que deveriam estar no plano diretor das cidades são seguidas pelos engenheiros e arquitetos”.
As normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, são estabelecidas pela Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que pode ser acessada pelo link.