Quando falo de apoiar a Agricultura Familiar, de garantir ao menos, acesso à uma linha de crédito no mesmo tom que a oferecida aos microempresários, estou falando nessa necessária diversificação. Tratamos desse urgente novo olhar. Fazer um pouco do discurso, a prática.
Há algum tempo, nos acostumamos a escutar que é preciso encontrar uma alternativa econômica para o município de Macaé no período pós Petróleo, ou quando os Royalties deixarem de chegar com o mesmo vulto da era da abundância e do desperdício.
Mas, são singelas e muito tímidas as iniciativas que vemos para diversificar a matriz da economia e potencializar nossas vocações para gerar novas oportunidades. Turismo, pesca, agricultura é o que sempre aparece nos programas e discursos.
E como é difícil, como é necessário esforço incomum e disposição para assumir desgastes com setores que se beneficiam desse modelo tão restrito, base de tanto abismo social e divisão.
Quando falo de apoiar a Agricultura Familiar, de garantir ao menos, acesso à uma linha de crédito no mesmo tom que a oferecida aos microempresários, estou falando nessa necessária diversificação. Tratamos desse urgente novo olhar. Fazer um pouco do discurso, a prática.
Se, em meio a tanta tristeza e dor que resultam da pandemia – as mortes de tanta gente querida, as paralisações de atividades econômicas, o desemprego, a precarização da vida de inúmeros – não encontrarmos uma fresta de oportunidade para essas novas formas de organizar nossa cidade, estaremos construindo um não retorno e um amplo período de desesperanças. Trilharemos rumo a becos sem saída.
Chamo a atenção para isso. O Projeto de Lei 004/2020 prevê um válido sinal à Microempresa oferecendo acesso à linha de crédito emergencial, sem juros e com condições facilitadas. Minha proposta de incluir a Agricultura Familiar na medida apresentada pelo Prefeito quer dialogar com esse “há de vir”. Quer apontar para a necessidade de incluir setores que são tão necessários para o agora e pro futuro.
Busco com isso, um diálogo com o Governo, com a sociedade, com os agricultores familiares, assentamentos, feirantes, com os grupos de consumo solidário, e também os coletivos de alimentação saudável. Com todos que acreditam e professam a esperança em uma Macaé que supere a pandemia, recupere sua dinâmica e estimule as tantas riquezas dessa nossa terra querida. Rumo a direitos básicos, qualidade de vida, à economia da solidariedade e do cuidado com a casa comum.
Que esse sinal, aprovado pela Câmara seja caminho para o bem comum.
E que não venha veto do Prefeito.