Sem novo cronograma e prazos vagos, responsáveis pelos alunos amargam à espera
Boa parte dos alunos da rede municipal de Búzios ainda aguarda os kits alimentação acordados com o município em agosto do ano passado. Sem novo cronograma e prazos vagos, os responsáveis pelos alunos amargam à espera. A última distribuição ocorreu nos dias 7 e 8 de fevereiro para a Escola Municipal João José de Carvalho e, desde então, nenhuma outra unidade foi convocada.
Na reunião no dia 22 de março com o prefeito Alexandre Martins e com a secretária de Educação, Carla Natália, os grupos ‘Luto pela Educação’, ‘Manifestação pelo transporte peninsular e continental’, ‘Mães das Creches’ e o ‘Coletivo Por Nossos Filhos’ levaram uma lista extensa de demandas da Educação, entre elas os kits alimentação. A justificativa do chefe do executivo foi que a empresa que ganhou a licitação não queria entregar os produtos devido ao aumento dos preços dos alimentos, mas que o governo iria pagar a diferença que a empresa estava pedindo para entregar os itens aos alunos.
Na sexta-feira (1º), começou a circular nas redes sociais que está havendo uma movimentação jurídica da prefeitura contra a empresa por descumprimento do contrato. Com isso a fornecedora havia voltado atrás e garantido a retomada da entrega.
A Prensa está há dias tentando informações sobre o assunto, primeiro questionando se o município irá pagar a diferença, depois para cobrar explicações sobre esse trâmite judicial com a empresa, além da expectativa de um novo cronograma, mas até o momento nenhuma resposta oficial foi enviada.
Sobre os kits alimentação
Os Kits substituem o ValeCard, auxílio de R$200 pago durante o período de pandemia em que os alunos estavam estudando no formato remoto. A verba era referente a alimentação que os alunos teriam na escola. Muitas famílias se sentiram aliviadas com o benefício que complementava a renda das famílias e, em alguns casos, se tornou a principal.
As aulas presenciais para algumas unidades foram retomadas em agosto de 2021 e o auxílio suspenso, sem aviso prévio, pegando os responsáveis de surpresa. Após protestos e reuniões, a Educação sugeriu os kits alimentação, que na prática só iniciou a entrega no dia 29 de dezembro.
O município tem 21 escolas, mas, até o momento, somente sete unidades foram atendidas, são elas: INEFI, as escolas municipais Manoel Antônio da Costa, Ciléa Barreto, José Pereira, Regina, Darcy Ribeiro e João José de Carvalho.