Em 2015 o Fluminense vendou para a Roma um jovem jogador de futebol por R$71 milhões. Agora esse mesmo atleta volta para o futebol carioca, mas vai vestir a camisa do Flamengo. A transferência chama a atenção pelos valores pagos R$ 49,7 milhões.
É a forma como opera o mercado onde o atleta é a mercadoria que precisa circular, pois somente assim produz lucro. A Roma vendeu mais barato que comprou com receio de uma desvalorização ainda maior. O Flamengo aproveitou a oportunidade para, quem sabe, valorizar o atleta e vendê-lo por outra fortuna maior em um futuro próximo. Dirigentes são empresários! Sabem que um título é necessário, pois assim se cala a boca dos torcedores, porém seu objetivo é outro. O jogador valorizado que quando é a mercadoria de uma transação contratual rende lucro para todos os envolvidos.
Pra termos ideia, o PSG pagou 222 milhões de euros ao Barcelona por Neymar. Desse montante, o pai do jogador, por atuar como facilitador da transação, embolsou 38 milhões de euros. Ou seja, muita gente ganha muito dinheiro com o vai e vem de um jogador. E isso não está sendo diferente com Gerson.
O jogo é fazer o atleta circular fora do campo. A fórmula é dinheiro-jogador/mercadoria-dinheiro. Por isso, clubes grandes costumam emprestar jóias que ainda não brilharam para agremiações menores. Tem interesse que ele ganhe rodagem e melhore o futebol? Claro. Entretanto o grande objetivo é fazê-lo entrar na ciranda do jogador/mercadoria que dança mesmo é fora de campo, a música da caixa registradora.
*Rafael Alvarenga é apaixonado por esportes