Não tinha ouvido o som da Iza até semana passada. Meu tempo para descobrir novos sons é super limitado, mas não estou totalmente alienada, vez que outra encontro um som assim e fico obcecada.
Agora, como blogger, levei um puxão de orelha do meu editor chefe, “Camila, ao invés de escrever lá no facebook, pô, faz esse texto pro blog”. Então ta né, ele está mais do que certo. Quando a gente diz que é para estourar a bolha do facebook, é nesse sentido. Mas, quando a gente menos percebe está lá de novo, dentro da bolha.
Voltando a Iza, ouvi o som no Flow do meu Deezer, e fiquei alucinada com a batida, a voz, as letras. Achei a coisa mais maravilhosa depois da Karol Conká – outra obsessão – e comecei a ouvir tudo sem parar, e corri pro Youtube, pro Google e cacei todas as informações possíveis para escrever esse post.
A primeira coisa que achei foi que ela é do Rio, de Olaria, e começou a cantar na igreja. Quase todo mundo já cantou na igreja, até eu já cantei na igreja. É formada em publicidade e propaganda, editava vídeos mas descobriu que precisava mesmo era cantar. Montou um canal no youtube e começou a cantar covers, pronto. Bastou. Junto com o talento veio a fala feminista e antirracista. Em um mundo que retrocede um pouquinho a cada dia, é um alívio, ainda que seja produzida e comercial.
Um post do Hugo Gloss e outro do Paulo Gustavo e Iza virou cult, menos pra mim que estava em outro planeta provavelmente, ou melhor, estava grávida e depois com um bebê, ano passado – 2016 – quando foi o boom. E que gerou um caminhão de seguidores e muitas músicas, vídeos no Youtube, participações, e por último agora mais recente, um vídeo com o Marcelo Falcão do O Rappa – ou ex O Rappa.
Só pra deixar registrado olha as migas da Iza, Jout Jout. Só pode bombar isso. A duas eram amigas e desanimadas com os empregos, decidiram criar um canal no Youtube. Maravilhosas! Acho que super me identifico com isso. As referências da Iza estão aí no som, Elza Soares, Emicida, Liniker, Diana Ross, Rihanna. Segue ela no Youtube e depois me conta o que achou. Eu sigo obcecada até encontrar outra obsessão.
Texto jornalistico assinado. Propriedade do Prensa de Babel. Pode ser republicado com citação do autor e veiculo