Joesley e Wesley Batista podem ter omitido informações sobre irregularidades em empréstimos do BNDES nas delações fechadas com o Ministério Público Federal. Foi o que disse o procurador da República Ivan Claudio Marx em entrevista exclusiva a José Luiz Datena no programa “90 Minutos”, da Rádio Bandeirantes FM 90.9 e AM 840.
Segundo ele, pode chegar a R$ 1 bilhão o prejuízo com uma operação que envolveu o banco e os empresários, além de outros membros da holding J&F, que controla a JBS. Em maio deste ano, foi deflagrada a Operação Bullish, que investiga fraude em aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para o grupo. Há indícios de fraudes cometidas por agentes públicos que representavam o BNDES para favorecer a JBS e, como os irmãos Batista sabiam, podem ser punidos. Ouça um trecho da entrevista
Responsável pela Operação Bullish, Ivan Claudio Marx crítica as normas do acordo que o procurador-geral da República fez com os empresários. Rodrigo Janot deu a garantia de imunidade penal para investigações em andamento e os delatores foram autorizados a sair do Brasil. Nas delações premiadas, por meio de Joesley e Wesley, a JBS admitiu ter favorecido quase dois mil políticos, mas não mencionou a negociação com o banco. Ouça um trecho da entrevista
Apesar da imunidade penal, o procurador da República Ivan Claudio Marx garante que as investigações vão continuar. Ele ressalta, no entanto, que, em razão do acordo que os irmãos Batista fizeram com o Ministério Público Federal, o trabalho ficou mais difícil. Ouça um trecho da entrevista
Durante nove anos, o BNDES emprestou mais de 10 bilhões à J&F para viabilizar a compra de outras companhias. As operações ajudaram o grupo a se transformar em líder mundial no mercado de proteína animal.
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Essa matéria é uma parceria entre Prensa de Babel e Rádio Bandeirantes