O Instituto Larissa Sarue, em Armação dos Búzios, contestou a operação realizada nesta terça-feira (21) pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que resultou na retirada de todos os animais mantidos na unidade. Segundo representantes da instituição, a medida compromete o trabalho de soltura controlada e manejo ecológico desenvolvido no município.
De acordo com a direção do projeto, o instituto atua há anos em parceria com a Vigilância Sanitária em ações de controle biológico de escorpiões e reintrodução de fauna nativa, especialmente gambás (Didelphis aurita) — animais conhecidos por equilibrar ecossistemas urbanos ao se alimentarem de insetos e pequenos répteis.
“Em vez de ajudar, já que acham que o ambiente aqui é ruim, vão tirar os nossos animais para soltar não sei onde. A gente faz um trabalho de soltura supervisionada, com todo o processo documentado e divulgado”, afirmou uma representante.
Segundo o instituto, mais de 100 gambás foram recolhidos e levados a local não informado. A equipe sustenta que o projeto segue protocolos de bem-estar e registro de solturas, sendo parte de um esforço para reduzir desequilíbrios ambientais em áreas urbanas e rurais de Búzios.
“Esses animais estavam prontos para ser soltos em locais com alto índice de escorpiões. É um trabalho reconhecido por outras instituições, e toda a documentação está disponível nas redes sociais e nos relatórios técnicos”, complementou a porta-voz.
Ainda conforme o Instituto Larissa Sarue, há processos judiciais em andamento relacionados a fiscalizações e apreensões anteriores. O grupo alega que, na primeira operação semelhante, parte dos animais recolhidos não resistiu após serem transferidos a centros estaduais.
Até o momento, o Inea não se manifestou oficialmente sobre o motivo da ação nem sobre o destino dos animais.