O aumento no número de casos de covid-19 nas últimas semanas acendeu o alerta nos municípios. No olhar dos especialistas, o momento é de cautela e de revisão dos protocolos de segurança sanitária para evitar a maior disseminação da doença, que ganhou força com o surgimento de novas subvariantes da ômicron.
A infectologista Apparecida Monteiro, que tem atuação na Região dos Lagos, destaca que a cobertura vacinal está abaixo do esperado, como ocorre no restante do país, inclusive entre os menores de idade.
“A cobertura vacinal em crianças acima de três anos está abaixo de 10%, até porque os pais, em sua grande maioria, não querem vacinar seus filhos por desinformação, por insegurança. Insegurança gerada pela desinformação. A quantidade de vacinas para crianças acima de seis meses é insuficiente para atingir a população. Então, a gente precisa nesse momento procurar os postos de saúde para quem não tem vacina completa ou faltou vacina”, pontua.
A especialista avisa que o momento é de aumentar os cuidados já conhecidos, mas que foram esquecidos pela percepção de que a pandemia “havia acabado”.
“Precisamos tomar cuidado com aglomeração, o uso de máscara em locais fechados onde existe uma quantidade de pessoas muito grande. As pessoas com sintomas respiratórios, o ideal é que fiquem em casa, mas quando saírem à rua que usem máscara. Se protejam para evitar o risco de contaminar outras pessoas. Mas precisamos, sim, ir em busca da vacina porque a vacina mudou grandemente o curso da doença. Essa nova variante da ômicron tem uma grande infectividade, porém em função da vacina o risco de morrer e até o risco de internar é infinitamente menor”, reforçou.
BÚZIOS ANUNCIA QUINTA DOSE
Com cenário de aumento no número de casos, assim como os vizinhos, Búzios tomou providências no sentido de aumentar a imunização de sua população.
A Prefeitura anunciou a aplicação da terceira dose de reforço (quinta dose) para pessoas portadoras de Imunodeficiência primária grave (imunocomprometidas) com 18 anos ou mais, desde que quem tenham tomado a quarta dose há pelo menos quatro meses.
De acordo com a tabela anunciada pelo governo municipal, cada Unidade Básica de Saúde (UBS) tem um dia fixo para vacinação, e o morador precisa levar cartão do SUS e a caderneta de vacinação.
São casos de imunodeficiência primária grave: quimioterapia para câncer; transplantados de órgão sólido ou de células tronco; hematopoiécas (TCTH); uso de drogas imunossupressoras; pessoas vivendo com HIV/AIDS; V -Uso de corcóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona ou equivalente, por ≥14 dias; uso de drogas modificadoras da resposta imune; auto inflamatórias; doenças intestinais inflamatórias; pacientes em hemodiálise; pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Além de pessoas imunocomprometidas, a Secretaria Municipal de Saúde, continua vacinando contra a Covid-19 nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a Clínica da Família todos que precisam completar o esquema vacinal para imunização ao vírus.
Conforme a Prensa publicou na semana passada, o município tem 118,22% imunizados com a primeira dose e 98,84% com a segunda dose. No entanto, apenas 50, 65% da população tomou a terceira dose e 17, 88% a quarta dose.
Pela escala por UBS, na terça, a vacinação é em José Gonçalves, João de Souza dos Anjos (Arpoador/Cruzeiro); na quarta, no Lilson M de Souza (Cem Braças), Maria Rosa da Conceição Santiago (Baía Formosa), Dr° Paulo Acherman (Ferradura), Clínica da Família Olavo da Costa (Vila Verde).
Na quinta, acontece no Benildo Motta (São José), Gregório A de Oliveira (Capão), Francisco Haroldo Ceravolo (Brava); e na sexta, no Antônio Elesbão dos Santos (Rasa), Deodorina Leite de Azevedo (Geribá).
Comexceção das UBS Lilson M de Souza, em Cem Braças, Olavo da Costa, na Vila Verde, e Antônio Elesbão dos Santos (Rasa), que, por conta do programa de horário estendido, é de 8h às 19h, as demais unidades realizam a vacinação das 9h as 16h.